INAUGURAÇÃO DO BLOG

05 de JULHO de 2010

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AUTOR DO BLOG

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Estervalder Freire dos Santos - Ó Wall; sou blogueiro desde 2010. Terminei o Ensino Médio em 1988, não tenho Ensino Superior, Criei o Blog Só Pudia Ser Ó Wal com a ajuda dos amigos: Cristiane Sousa, Ibermon Macena, Jackson Douglas, Junior Cunha e Rodrigo Viany. Sou totalmente eclético só para expor minhas ideologias.... O blog possuí muitos textos, mas nada especifico, acredito que sejam um pouco de tudo e pouco do nada, mas também há outros. Divirta-se.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O Contraste

Pois é gente, absolutamente inconcebível e absurda a situação da saúde pública no Brasil. Esse contraste mais uma vez foi denunciado sistematicamente no blog do Dr. Marco Sobreira o quanto sofre nosso povo que depende do sistema, vitimas da omissão, desmazelo e irresponsabilidade dos gestores, principalmente no interior o país. Uma pequena amostra do que acontece na saúde pública foi ao ar para todo o Brasil esta semana através do programa Profissão Repórter da Rede Globo que foi ao ar na terça-feira, às 23:41 horas do dia 05/06, ficou evidente o sofrimento de pacientes e médicos. Hospitais superlotados, sem a menor condição de higiene, equipamentos que não funcionam, falta de medicamentos , médicos sobrecarregados , sujeitos a erros em função das péssimas condições de trabalho. E o que é pior, o uso político, principalmente nas regiões mais pobres, iludindo a população e os próprios médicos, com a construção de verdadeiros elefantes brancos. O exemplo do Maranhão é uma vergonha e se esse país fosse sério, o clã dominante deveria estar na cadeia, vejamos: A construção de 65 hospitais programados para serem inaugurados em ano eleitoral, na maior parte em municípios pequenos de 8 a 12 mil habitantes, numa clara transgressão da orientação do próprio Ministério da Saúde. Hospitais com centros cirúrgicos desativados, maternidades onde nascem 2 a 3 crianças por mês, enfermarias vazias e funcionários ociosos por falta de pacientes, em contraste com o que acontece nas cidades maiores onde se vê justamente o oposto, com hospitais sucateados e superlotados. Outra cena chocante e que reflete o que acontece com a grande maioria dos médicos que escolheram o interior para exercer sua profissão, foi a do colega, já idoso, portador de hemiplegia em conseqüência de um AVE ( acidente vascular encefálico ) atendendo a população, necessitando de um secretário para escrever inclusive a receita em função da sua incapacidade. A falta de uma aposentadoria digna, com rendimentos suficientes para manter seu padrão de vida, leva o médico a trabalhar até os limites de seu estado físico e sua condição de saúde. Após décadas de trabalho, salvando vidas , não temos aposentadoria para um final de vida com dignidade. Ficamos assim, medicina de primeiro mundo nas grandes cidades, com hospitais de ponta, médicos super especializados, referência até para outros países, disponíveis para quem pode pagar particular ou planos de saúde e para os governantes enquanto no interior pobre a a população e os médicos são submetidos a um sistema de saúde digno dos mais pobres países da África. Os médicos então estão divididos em duas categorias, a que tem as melhores condições de trabalho, equipes multidisciplinares, equipamentos de primeira linha, remuneração digna e os que estão no interior, solitários, responsáveis únicos por plantões no pronto-socorros, sem equipe, sem equipamentos, sem medicamentos, com sobrecarga de trabalho e salários indignos e insuficientes para tamanha responsabilidade. "Quanto a mim, vou me equilibrando entre essas duas categorias, até quando Deus quiser". Ó Wal!!!

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