INAUGURAÇÃO DO BLOG

05 de JULHO de 2010

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AUTOR DO BLOG

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Estervalder Freire dos Santos - Ó Wall; sou blogueiro desde 2010. Terminei o Ensino Médio em 1988, não tenho Ensino Superior, Criei o Blog Só Pudia Ser Ó Wal com a ajuda dos amigos: Cristiane Sousa, Ibermon Macena, Jackson Douglas, Junior Cunha e Rodrigo Viany. Sou totalmente eclético só para expor minhas ideologias.... O blog possuí muitos textos, mas nada especifico, acredito que sejam um pouco de tudo e pouco do nada, mas também há outros. Divirta-se.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pai é pai

Conheço gente que não tem muito respeito pelo Dia dos Pais. Acha-o tão-somente uma jogada comercial. Que de certo modo esse preconceito se explica: o pai não tem nem de longe o prestigio que tem a mãe. O chamado amor materno, tão decantado em verso e prosa, gesta-se nas entranhas do ser. Começamos fundidos com essa mulher que nos acarinha e nutre depois de abrir para nós as portas do mundo. Mãe é mãe.
E pai? Quando se diz: "pai é pai", é com o objetivo de acentuar qualidade negativas. Coisas do tipo: deixou o menino sozinho em casa e foi ao jogo de futebol. Ou tomar cerveja com os amigos. E logo vem a comparação: uma mãe jamais agiria com semelhante descaso. Ouvi comentários assim a proposito daquela criança que foi esquecida dentro do carro e morreu asfixiada. Uma amiga comentou: "Tinha que estar com o pai. Que mãe faria uma coisa dessas?" Mãe não esquece, não se alheia, tem sempre o filho na mente e no coração. Vamos com calma. Eu sou pai!
É verdade que pai não chega a extremos de sacrificar projetos pessoais em favor dos filhos. "Não padece no paraíso". Mas ele amarga o seu quinhão de dor.
A gravidez, por exemplo, não é um estado apenas dela. Quem durante essa época tem de fazer prodígios para satisfazer os caprichos da gestante? Conheço um sujeito a quem foi incumbida a tarefa de procurar carambola à uma da madrugada. Não cheguei a esse ponto, mas já fui ao supermercado tarde da noite à procura de melancia. Só servia melancia com rodelas de limão.
Outra injustiça é dizer que pai não participada vida dos filhos. Quando ele silencia e aparentemente fica a margem, é porque que o deixam interferir pouco nos domínios do lá. As mulheres sabem que o machismo é uma faca de dois gumes, mas fazem questão de realçar apenas o gume que as fere. E o outro, que se volta contra o homem mutilando-o por dentro? Quando do silêncio paterno não é ressentimento por o solicitarem tão pouco?
Quando daquela aparente omissão não mascara a expectativa ansiosa de que todos em volta estejam felizes? Quando daquela rudeza não passa da crispação de uma alma sensível, que por limitações atávicas não aprendeu o jeito de chorar? Então pai é pai, e merece o seu dia.

ó wal !!!

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