Há um apólogo em que o Diabo compra a alma de um boêmio, cuja carteira enche diariamente de cédulas, para que ele as gaste, até a última. No dia em que ficar uma cédula sem ser consumida, está concluída a transação, e a alma tem de ser entregue ao comprador.
O boêmio gasta, cada dia, centenas de contos com o luxo, com o amor, com o jogo, com as bebidas, com as várias formas de dissipação. Até que, uma noite, resolve capitular. Não tem em que empregue o dinheiro do Diabo. E vai entregar-lhe a alma.
- Aqui me tens – diz. Não encontrei mais em que despender dinheiro na Terra.
O Diabo sorri, toma-lhe a alma, e depois de tomá-la diz: - Há, no entanto, no mundo alguma coisa em que um homem pode consumir, diariamente, e até ao fim dos séculos, todo o dinheiro que tenha nas mãos. E olhando o homem nos olhos: - Nunca ouviste falar na Caridade?
Ó WAL!
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05 de JULHO de 2010
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terça-feira, 5 de julho de 2011
A Caridade
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Unknown
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10:53
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