Pois é, durante a existência inteira residiu em frente ao Centro Espírita. Ano após ano observou o movimento de gente que entrava e saía - dirigentes, colaboradores, simpatizantes, aprendizes, doentes, pobres... Nas noites quentes de verão sentado em confortável poltrona, na ampla varanda, ouvia ao longe a palavra de vibrantes oradores e impressionava-se com a lógica dos conceitos espíritas na definição dos problemas humanos... Chegara a proclamar-se adepto da Doutrina dos Espíritos!...
E aquela gente que ali cooperava! Que dedicação! Quanto desprendimento! Em qualquer tempo, com chuva ou frio, sucediam-se equipes de trabalhadores, na distribuição de alimentos, na visitação aos enfermos, no socorro aos desabrigados! Mas NUNCA SE DECIDIU A ATRAVESSAR A RUA, perdendo preciosas oportunidades de serviço e edificação... Espírita, é preciso ATRAVESSAR A RUA!... Não nos acomodemos na poltrona da indiferença, a ouvir de longe os apelos da Espiritualidade!... No Centro Espírita está o nosso ensejo maior de participação como aprendizes e colaboradores. Fortalecê-lo com a nossa presença! Engrandecê-lo com o nosso trabalho! Sublimá-lo com a nossa dedicação - eis as metas intransferíveis, se aspiramos a um futuro de bênçãos! Façamos do Centro Espírita a nossa escola, a nossa oficina, o nosso templo, para que não tenhamos de ver nele o hospital, atormentados por males e frustrações que afligem os que NÃO ATRAVESSARAM A RUA!
ó Wal !!
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05 de JULHO de 2010
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