INAUGURAÇÃO DO BLOG

05 de JULHO de 2010

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Estervalder Freire dos Santos - Ó Wall; sou blogueiro desde 2010. Terminei o Ensino Médio em 1988, não tenho Ensino Superior, Criei o Blog Só Pudia Ser Ó Wal com a ajuda dos amigos: Cristiane Sousa, Ibermon Macena, Jackson Douglas, Junior Cunha e Rodrigo Viany. Sou totalmente eclético só para expor minhas ideologias.... O blog possuí muitos textos, mas nada especifico, acredito que sejam um pouco de tudo e pouco do nada, mas também há outros. Divirta-se.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Dia Nacional do Bajulador

Gente, no último dia 18, foi comemorado o Dia Nacional do Bajulador e segundo a Toca do Leão, todo cronista, cedo ou tarde, acaba escrevendo uma crônica sobre a crônica que ele não escreveu, mas deveria ter escrito. É clássico. Nestas crônicas, o malandro vai enrolando o leitor, faz juras de amor e promessas, promete alhos e bugalhos, mas no fim não diz é nada com nada. Na verdade, enrolar o leitor é a essência da crônica. Em maior ou menor grau, é sempre disso que se trata. Como o cronista não é especialista em coisa alguma, ele nunca terá algo importante pra dizer. Se o poeta é um fingidor, como escreveu Fernando Pessoa em seu célebre poema, então o cronista é – no máximo– um mentiroso. Alguém já disse que as redes sociais são o paraíso dos bajuladores. Conheço um rapaz que todo dia, pela manhã, posta uma flor branca, dedicada ao chefe. “Para o senhor, para dar sorte no seu dia”, escreve o desavergonhado puxa-saco. Entretanto, isso já vem de longe. O chaleirismo é uma arte praticada por grandes figuras da História, com a mesma cara-de-pau dos aduladores comuns. Algumas vezes, acertaram no elogio. O grande músico Mozart disse sobre o jovem Beethoven: “Esse rapaz é um assombro. Prestem atenção a ele, pois ainda fará com que o mundo fale a seu respeito por toda a eternidade”. Alexandre Dumas: “Depois de Deus, Shakespeare foi quem mais criou”. É no círculo familiar onde os elogios beiram às raias do sacrilégio. Jane, a irmão de Franklin, atingiu o extremo de intensidade bajulatória quando escreveu: “Não é sacrilégio comparar meu irmão ao bendito Salvador”. Afinal, essa crônica tem a pretensão de marcar o Dia Nacional do Bajulador, na esperança de receber algum comentário elogioso, ou pelo menos o silêncio respeitoso. Todo homem ou mulher tem sua virtude particular. Sem ser adepto de queimar incenso ou gastar vela com santo ordinário, ando seguindo essa filosofia do bem viver, de procurar virtudes escondidas naquele patife de primeira. Sem, no entanto, seguir a plebe rude nas suas caminhadas e carreatas atrás dos seus candidatos. Esse povo aplaude sem saber o que está aplaudindo.
Ó Wall!!!

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