Continuando com a Fonte: Revista Época...
Tertúlia do Dia dos Mortos - O feriado de Finados sempre me traz belas recordações. Aprendi de pequenina a reverenciar os mortos, pelas mãos de meu velho e querido pai, íamos, passo-a-passo, desde o centro da cidade, costeando o Parque da Redenção, em direção ao bairro Azenha. Lá chegando, subíamos a lombada e fazíamos um verdadeiro tour por todos os cemitérios. Era um dia de glória para mim. Sentávamos no Cemitério Evangélico, deixando-nos levar pela beleza e aroma das árvores e das flores. Lembro estes momentos com perfeita nítidez, até com um tanto de saudades, pois, visitas assim, ao cemitério, jamais terão, para mim, essa singeleza infantil da qual retenho belas lembranças. E foi desta forma, por esta iniciação, por este aprendizado, que comecei a encarar a morte como uma redenção, um momento sublime e, claro, passei a preocupar-me. Não em morrer, mas, sim, morrer com dignidade, com coragem, com bravura. Passei a preocupar-me com a "arte de bem morrer". Agora, já no alto de meus 65 anos, minha grande preocupação não está relacionada aos bens materiais que deixarei para meus filhos e, sim, a maneira como pretendo encerrar meus dias, sem murmúrios, nem gemidos. Ó Wall!!! Continua....
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05 de JULHO de 2010
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