Por: Marcio Tavares D´Amaral
O mundo é habitado por sete bilhões de pessoas. Mas quatro bilhões de humanos estão fora desse mundo. E, parece, não entrarão, se mudanças radicais não se produzirem. Os números não são coisa dita sem base, são informação do Banco Mundial, insuspeito de aparelhamentos e esquerdismos: quatro bilhões de pessoas vivem com entre US$ 1 e US$ 2 por dia. Entre R$ 90 e R$ 180 no bolso por mês. Estão abaixo das condições de consumo que permitam reproduzir de um dia para o outro, da mão para a boca, condições mínimas de vida animal. Da vida humana e sua dignidade nem se fala. Quatro bilhões são quatro Áfricas! Quatro Áfricas de sofrimento. É nelas que penso quando vou escrevendo essa primeira coluna aqui na página 2. Podia ter escolhido um assunto mais ameno, claro.
— É sábado. Dá um tempo.
— Mas elas estão olhando para cá. São olhos mudos. Dá para fingir que não vi?
Esse mundo assim crivado pela dor corresponde ao estágio mais refinado do capitalismo: a riqueza se imaterializou, as relações econômicas se financeirizaram, as interações entre as pessoas e entre elas e o mundo entraram na dimensão do consumo generalizado. Não só de bens e serviços. Agora comemos valores, corpos, subjetividades, pessoas. Está tudo posto como mercadoria. O mundo se fez um grande mercado. É a isso que se chama globalização. Ó Wall!!! Continua....
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05 de JULHO de 2010
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segunda-feira, 4 de maio de 2015
Globalização - e nós com isso? - 1ª Parte
Postado por
Unknown
às
15:21
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