Conto de Fadas uma ova!

Gente, conto de Fadas uma ova! Na maioria dos contos de fadas, a princesa fica a espera do príncipe encantado que vem num vigoroso cavalo branco. Nessas fábulas, a felicidade é uma mera questão de tempo... No meu caso em particular, uma questão destoante e antagônica. Justamente no Dia da Cultura a fada dos meus contos, minha cultura do mundo, se afasta de mim e ruma para além mar em busca de sonhos vivos e oceânicos.... Confesso que a felicidade das possibilidades de sua empreitada me tranqüiliza. Mas não há nada que recompense a falta latente. O poeta canta: “saudade já tem nome de mulher...” e é certeiro, só sabe quem sente. O ponteiro dos minutos é lento e meu tempo parou na sinfonia da saudade que me toma. As horas se amontoam em cima daquela cama pela metade, e o sono?! Esse é repleto de ectoplasmas rondando minhas idéias pré-matinais... Estou só. Atordoado com a demora das horas e com o abalo sísmico provocado pelo “atéloguísmo” do aMor. No meu conto, a princesa não vai a cavalo, mas de navio – azul. A fada não voa, navega pela Costa Nordeste e deixa minhas costas sem coçar. A bom bordo eu continuo a esperar notícias e garrafas com mensagens do meu aMor náutico. Já a este bordo a saudade faz deste “homem o que bem quer”. Ó Wal !!!!