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sábado, 2 de junho de 2012
Criança no playground
(Sâmara, Márjory, Fabricío e Larissa - Foto)
Gente, vocês sabem por que adultos não conseguem ser felizes, como as crianças nos playgrounds? Ainda estou tentando descobrir! Bom, dias desses, fui a noite em um praçinha, aqui no bairro onde moro, levar minhas crianças para desopilar um pouco. Do banco da praça sacada, podia se ver todo movimento das pessoas indo e vindo. Eu fiquei observando o playground, lugar sagrado para muitas crianças que ali divertiam-se, onde elas podem ser elas mesmas, manifestando o que elas tem, de melhor, ou seja a própria alegria de viver. Acho que é isso, que nos falta, quando somos crianças, não precisamos de muitas coisas, para sermos felizes! Como cheguei a praça muito cedo, fiquei contemplando o tal playground, por um bom tempo. Dei uma boas olhadas nos brinquedos, até me arrisquei a brincar um pouco no balanço, escorregadores, tanque de areia, aparelho de ginastica, e confesso que fiquei com uma vontade danada, de dar um mergulho naquela areia, simulando um mergulho. Vê se tem cabimento, um adulto como eu, viajando num lugar estritamente proibido, para maiores! kkk...kkk...kk...Rsr...srsr...srs E as pessoas olhando pra mim?!!?!?! Um mais bonito e colorido do que o outro, todos ricamente coloridos, fazendo a alegria da criançada. Por alguns instantes, viajei naquele mundo encantado, e desejei ser criança mais uma vez, quando retornei a realidade, me deparei que sou pai de duas lindas meninas com muitos afazeres... No trabalho, me entrego de corpo e alma, algumas vezes mais de corpo, do que a própria alma, e vice versa, estava tão concentrado, que não percebi a hora passar, já passavam das 22 horas e a praça estava quase vazia. Só me dei conta do horário, pois tal concentração, foi quebrada pelos gritos de euforia, das pequenas criaturas, soltas como se fosse um grande ‘rebanho’, e todas felizes, não escondiam a felicidade inerente, por estarem lá. O silencio da abobada, e monótona paisagem urbana, foi interrompida, e no lugar das buzinas e motores barulhentos, podiam se ouvir, risadas em forma de gritos, mas gritos de alegria, das crianças felizes, que alívio! Ainda estava cedo, na verdade eram 20:33min, mas mesmo assim aproveitei o espirito daquele rebanho infantil, e resolvi acompanha los, do melho banco, a observar os pequeninos, que na sua inocência, conseguem ver alegria e as coisas boas, em tudo nesta vida. Estava eu degustando um pipoquinha. Entre um grão e outro, um pensamento me fez refletir, e uma comparação inevitável, em meus pensamentos, sobre a felicidade dos adultos, e das crianças no playground. A questão, que se formou em minha mente, e não quer se calar, esta me incomodando, desde aquele ‘momento’ que prestei atenção, na felicidade infantil. A questão é; ‘por que nós adultos, nos esforçamos tanto para sermos felizes, e não conseguimos ser?’ Talvez porque seguimos por caminhos errados, na procura da tão almejada felicidade. Porque criamos paradigmas, equivocados da felicidade, e nos enganamos o tempo todo, que a alegria da vida, se encontra ‘justamente’ nas coisas, que não possuímos! Acho que seriamos mais felizes, se buscássemos a felicidade dentro de nós mesmos, sendo humildes com as nossas verdadeiras, condições existenciais, não se apoiando a nenhum valor mundano, de natureza efêmera. E como as crianças daquele playground, não se importar com as condições raciais, socioeconômicas, e beleza aparente dos nossos coleguinhas, mas fazer questão da felicidade ‘daquele momento’, compartilhar, explorar e manifestar a própria alegria da vida inerentes! Ó WAL!!!!
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