Bom, posto agora aos meus queridos leitores um depoimento do amigo HARDY GUEDES .
- Ontem, assistindo ao Jornal Hoje, da Rede Globo, mais uma vez assisti aborrecido uma informação errada daquela emissora. Já me ofereci algumas vezes para “assessorá-la” no que se refere à língua tupi. Como até hoje não se manifestaram a respeito, não vou me oferecer novamente. Mas reservo-me o direito de criticá-lá quando transmite informações erradas aos espectadores.itamaraca. Ontem, foi dia de reportagem sobre a Ilha de Itamaracá, que o repórter disse significar “PEDRA QUE CANTA”. (Confira clicando aqui). Certamente, deve ter pesquisado no Wikipédia, em lugar de procurar autores confiáveis. E o que diz o Wikipédia: “A expressão “Itamaracá” deriva da língua tupi e significa “pedra que canta”, a partir da junção dos termos itá (“pedra”) e mbara’ká (“chocalho”).”
Ou seja, a idiotice está explícita. Maracá é chocalho. Chocalho não canta, chacoalha! Entre chacoalhar e cantar há uma diferença abissal. ITAMARACÁ é chocalho de pedra. De pedra, porque na língua tupi o complemento nominal vem antes. Imagino que naquela Ilha, alguma pedra deve reproduzir o som de um chocalho ou até mesmo soar como um sino. Mas pedra não canta, nem aqui, nem em Itamaracá, nem na PQP! Até mesmo a cascavel é chamada pelos índios de MARACAMBOIA, ou seja Cobra (M’boia) de Chocalho (MARACÁ). Quando eu tiver o prazer de visitar aquela ilha, acho que vou levar o violão e fazer alguns acordes pra ver se alguma pedra da região canta. Como diz o colunista José de Oliveira Ramos: “Tem futuro um cabra desses?” Um abraço.HARDY GUEDES.
Ò Wall!!!!
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05 de JULHO de 2010
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