Por: Joachim Arouche
Nas últimas duas décadas, muito tem se debatido sobre o processo de desindustrialização do Brasil, com os nossos economistas atribuindo a responsabilidade pelo avanço desse processo à nossa péssima educação, a baixa qualificação do trabalhador brasileiro e a enorme carga tributária. O que não passa de uma falsa argumentação, porque, as nossas grandes e médias empresas vivem constantemente realizando treinamentos de qualificação profissional. O processo de desindustrialização do Brasil começou e vem aumentando com a enxurrada de produtos chineses que invadem o nosso mercado, como praga de gafanhotos e o governo brasileiro fecha os olhos, porque precisa atrair investidores de um país que avança sobre a periferia do mundo conquistando novos mercados e comprando commodities a preço de banana, que após serem industrializados retornam ao seu país de origem na forma de produtos beneficiados. Nenhum país, incluindo os EUA consegue competir com um país, onde o trabalhador percebe um dólar por dia e as empresas não têm encargos sociais e ainda gozam dos benefícios dos subsídios governamentais. Um pente que usamos para pentear as nossas madeixas produzido na República Popular da China, a mais de 20 mil quilômetros de distância, percorre toda essa distância e custa muito mais barato do que o pente produzido no Brasil. Aliás, a China não invade os países do terceiro mundo só com os seus produtos de qualidade duvidosa, mas também com o seu excedente populacional que necessita de terras para produzir e morar. Dessa forma os produtos brasileiros não podem competir com os produtos chineses e em consequência de uma concorrência desleal, as nossas indústrias fecham a suas portas. Ó Wall!!!
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05 de JULHO de 2010
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