Por: Josias de Souza
Dilma ‘está colocando a mandioca nos brasileiros’, declara tucano na Câmara.
Aviso: o texto abaixo contém uma linguagem imprópria. Recomenda-se retirar da frente do computador os menores de 70 anos.
“As civilizações indígenas, os povos que aqui chegaram, eles usaram a mandioca. Conseguiram viver.”
Como que decidido a injetar comédia na tragédia, Zequinha prosseguiu: “Na minha terra, o Maranhão, tem uma farinha feita à base de mandioca, a farinha d’água. É um alimento básico do povo maranhense.” Voltando-se para o tucano Leitão, arrematou: “Até nisso Sua Excelência se equivocou. […] Gostaria que esses discursos desrespeitosos estivessem fora dos nossos anais, porque eles desrespeitam a nossa Casa, a mulher e as instituições.”
O ex-petista Chico Alencar (RJ), hoje um destacado deputado do PSOL, cuidou de recolocar o debate nos trilhos. “Decoro parlamentar revela-se também no jeito de se expressar”, ensinou. “Nós temos uma posição absolutamente crítica em relação a esse governo, que consideramos desatroso… Agora, é preciso que nós, que nos tratamos por Excelência, tenhamos um patamar civilizatório mínimo para fazer as críticas.”
Chico emendou: “Discursos machistas, sexistas, rebaixados, de nível rasteiro, não combinam com a dignidade que a gente pretende dar ao Parlamento. Portanto é melhor a gente elevar o nível, mesmo no cansaço da madrugada.” O tucano Leitão voltou ao microfone. Imaginou-se que se desculparia. Mas não disse nada que se assemelhasse a um pedido de perdão. Ficou entendido que a elevação de nível de que falara Chico Alencar não era a única alternativa da noite. Preferiu-se mandar rebaixar o teto. Ao encerrar a sessão, Eduardo Cunha encareceu aos servidores da taquigrafia que vigiassem a transcrição, para extrair dela as declarações impróprias. Ficou entendido que o presidente da Câmara não queria que a mandioca entrasse nos anais da Câmara. Ó Wall!!! FIM
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05 de JULHO de 2010
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