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05 de JULHO de 2010

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Estervalder Freire dos Santos - Ó Wall; sou blogueiro desde 2010. Terminei o Ensino Médio em 1988, não tenho Ensino Superior, Criei o Blog Só Pudia Ser Ó Wal com a ajuda dos amigos: Cristiane Sousa, Ibermon Macena, Jackson Douglas, Junior Cunha e Rodrigo Viany. Sou totalmente eclético só para expor minhas ideologias.... O blog possuí muitos textos, mas nada especifico, acredito que sejam um pouco de tudo e pouco do nada, mas também há outros. Divirta-se.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A Água Tá Desparecendo

Por: Rey Auca
Sabe leitor, é fato que no interior da Paraíba, nesse sertão poético e sofrido, por conta da sua posição geográfica, no planeta, nunca chovera com frequência, mas chovia abundantemente nos tempos de invernos. Caia muita água dando para acumula-la por longos anos, pelos menos até o próximo inverno voltar. E como a chuva era benvinda! E hoje, não menos. Eu diria mais. Quando crianças divisávamos um nascente pesado, trazendo aquela chuva cheirosa, com ventanias que chegavam derrubando até os pés de algarobas, que não existem mais. Que espantava o calor, a seca e permitia á esperança do povo sofrido, da roça. E era muita água que caia. Todo final do dia era coisa certa, trovões, relâmpagos a cortar o céu, anunciando as bênçãos de Deus. Gostava de dormir olhando para cima, o telhado, e ver por entre os espaços as telhas, o show de luzes naturais, a piscar, vindo, depois, aqueles trovões que parecia até que o mundo estava se acabando. Uma beleza de espetáculo natural. Escondia-me sempre por baixo dos grossos lençóis, devido ao frio e abraçado à minha mãe. Ao lado, na sua rede, o meu velho pai Ademar Augusto, a nos proteger naqueles dias de “fúria” dos céus. O amanhecer do dia era mágico. A passarada cantando, a cidade molhada, rios e açudes cheios e o povo feliz. No final da tarde o espetáculo começaria novamente. Depois, uma longa distância sem chuvas até o próximo inverno, mas estávamos protegidos pelo acúmulo de águas, que dava para anos. Hoje a chuva é pouca, fina e sem emoção. O mundo está doente e nós somos “os vírus”, os responsáveis por seu aniquilamento, pelo fim do planeta, por antecipação, e dos seres vivos, pois sem água ninguém vive. Há uma profecia sustentando que a próxima guerra mundial será pela busca da água. Que as pessoas raspariam os seus cabelos, por sua falta, e que a crise da água viria mudar em definitivo a vida dos seres humanos. Uma perspectiva triste, mas possível. E não adianta nem estar próximo de algum grande reservatório, pois a crise também chegará lá. Nunca pensei que o “mar do sertão” ,o açude de Coremas, pudesse chegar a esse nível, quase seco. O governo está transpondo as aguas da barragem de nova Olinda, para Itaporanga, que também está baixa. Hoje, no nosso sofrimento só não é maior, pois ainda existem pessoas conscientes do seu papel, como, por exemplo, entre outras, Pedro Filho, que do alto da sua consciência e compromisso, servidor da "Cagepa", faz o que pode o que não pode para abastecer minimamente a cidade, com cada vez menos água. O nosso manancial já secou. É preocupante. Quando a água vir de Nova Olinda é imperioso que a usemos bem, sem desperdícios, pois sem água não se vive. É claro que o planeta tem o seu tempo de vida e vai "morrer" ( ou se transformar) , mas isso precisa acontecer no tempo certo, de Deus. Nada fica para permanecer e aquilo que nós chamamos de destruição se trata de um mecanismo natural para a renovação, transformação. Diferente da destruição encetada pelo homem que é fruto do seu egoísmo e seu orgulho, sendo crime aos olhos de Deus e como vivemos no mundo da causalidade, colhemos o que plantamos, pois a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. Resta-nos pedir ao Pai comiseração a esses pobres mortais, imortais, que perambulam pela vida sem saber o que é viver. Adormecidos do caminho, sendo vítimas de si , na infinidade da vida, que continua sempre, até que possamos adquirir a plenitude do ser,que as religiões apelidam se "salvação". Respeitemos a água, sem ela não se pode viver. Ó Wall!!!

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