INAUGURAÇÃO DO BLOG

05 de JULHO de 2010

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AUTOR DO BLOG

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Estervalder Freire dos Santos - Ó Wall; sou blogueiro desde 2010. Terminei o Ensino Médio em 1988, não tenho Ensino Superior, Criei o Blog Só Pudia Ser Ó Wal com a ajuda dos amigos: Cristiane Sousa, Ibermon Macena, Jackson Douglas, Junior Cunha e Rodrigo Viany. Sou totalmente eclético só para expor minhas ideologias.... O blog possuí muitos textos, mas nada especifico, acredito que sejam um pouco de tudo e pouco do nada, mas também há outros. Divirta-se.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

A barreira da saudade

Pois é gente, segundo o Blog do Tião, João Pessoa tinha na Ponta do Cabo Branco o ponto mais oriental das Américas. Disso o povo que aqui mora se orgulhava, era uma atração turística, coisa boa de se ver. As fotografias antigas mostram aquela ponta bonita entrando no mar, investindo contra as ondas, parecendo um navio em demanda da África. O farol altaneiro avisava ao navegante que mais adiante havia um porto e na sua frente uma bela paisagem a ser desfrutada, fotografada e levada aos confins como mensagem de boas vindas. Os de a pés desfilavam pela estrada do Bosque dos Sonhos gravando em fotos as imagens que encantavam os olhos. Até os namorados, mais apaixonados do que nunca, olhavam a lua mais de perto enquanto faziam juras de amor eterno, misturando as batidas das ondas com a do coração. O mar, com ciúmes daquilo, começou a destruir a barreira e ninguém ligou. Minto: os ambientalistas, os amantes da natureza, os enamorados, os pescadores e a gente do povo deu alarme, mas os prefeitos não ouviram, preocupados que estavam em roubar o dinheiro da Prefeitura. Disso se aproveitou o mar para comer a barreira devagarinho, feito câncer. Aliado a inércia dos prefeitos, aportaram na área os especuladores, vendo naquele chão a chance de mais ganhos, mais dinheiro no bolso. E começaram a desmatar a área, a construir prédios, a fazer condomínios de luxo, a descaracterizar a mata, a destruir o abrigo dos namorados de ontem. E a chamada atração maior de João Pessoa minguou, encolheu, virou quase uma saudade, uma sombra, um fantasma. Hoje, para não ruir o resto, vive cercada, proibida, sem receber visita de carros ou de coisas pesadas. Acabou-se o ninho de amor, o esconderijo daquele radialista que levava seu corcel para perto do Bosque a fim de receber amor secreto de mancebos fantasmagóricos. Ó Wall!!!

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