Por: Rey AuCa
Aqueles eram dias felizes, alias todos os dias são dias felizes, pois representam a colheita do que somos, do que pensamos, do que fazemos, nesse campo de aprendizado rumo ao progresso interior, a nossa maior meta. Todos nós somos resultados de nós mesmos e não tem jeito, vivemos no mundo e circunstâncias da causalidade e jamais da casualidade. Semeadura e colheita, essas são as nossas verdades. Ela é livre, mas gera consequências obrigatórias. A verdade, verdadeira é que o planeta Terra é uma grande escola, além de ser um hospital e uma prisão, são faces da mesma realidade. Essa semana eu acompanhei o corpo do meu amigo de infância e colega de secundário Júnior Mateus ao “museu das memórias”. A história da antiga Misericórdia, de Itaporanga, está depositada naqueles túmulos. Vida, alegrias, tristezas, experiências. Início, meio e fim, são estados do corpo, das formas. É sempre assim, estamos sempre nos despendido e nem nos damos conta disso, pois a estadia por essas bandas é curta e o mundo das formas se desfaz rapidinho, pois o tempo é ilusão, segundo o pensador Einstein, e nem existe. E pensar que “daqui a pouco” todos nós seremos “arrancados” desse cenário de ilusões para voltarmos á realidade. Isso porque a nossa vida, de fato, é no mundo espiritual, aqui estamos de passagem, mais uma vez; mas somos imortais. Não tem jeito, uma vez criado pela causa, que alguns a chamam de Deus, seguimos rumo á imortalidade. Eu vi, de longe, a mãe guerreira do meu amigo Junior , Creuza, chorando, quase desesperada. Não me aproximei, pois estava amparada por valorosos amigos. Era o momento dela e é sempre bom chorar até a última lágrima, pois nesse instante sempre passamos em revista as nossas vidas. É sempre uma regressão consciente: o passado, a infância, as brincadeiras, as dores... Aquela sempre sensação de que deveríamos ter aproveitado mais. Até eu me ensimesmei e lembrei-me do meu amigo júnior, sempre alegre, espontâneo inteligente. Dos trabalhos escolares que fazíamos em sua casa, demonstrando a sua inteligência. Tornou-se alguém importante no cenário social. Foi secretário de comunicação do Estado de Tocatins, ajudou no desenvolvimento social de Palmas. Para nós, o nosso amigo e colega do secundário Júnior, sempre cheio de alegria , daquela ironia branca, que não fazia mal a ninguém, mas que alegrava os amigos, os colegas. Sempre feliz! O Governo de Tocantins fez o seu corpo chegar á sua terra natal natal , por seu avião particular. Nada mais justo. Nós agradecemos. Fomos depositar Junior onde ele não mais está, naquele corpo, naquela cova. Quando isso acontece vem àquela impressão que a vida perdeu a sua finalidade é o que deve estar acontecendo com a mãezona Creuza. Mas passado “a surpresa”, é preciso seguir feliz, até para felicitar o “morto”, que está mais vivo do que nunca e precisando do nosso apoio, das nossas vibrações, até o reequilíbrio. Principalmente pelo desencarne inesperado, não programado, pela maldade humana, que é o estagio de uma grande parte dos moradores desse orbe, a viajar na imensidão desse universo. “Sejamos mansos como as pombas e astutos como as serpentes", disse o mestre do saber, Jesus. Faço minhas as frases da veneranda Joana de Angelis, que já passou por boas, quando esteve reencarnando por " esse lado de cá": Todos os homens na terra são chamados a esse testemunho, o da temporária despedida. Considera, portanto, a imperiosa necessidade de pensar nessa injunção e deixa que a reflexão sobre a morte faça parte do teu programa de assuntos mentais, com que te armarás, desde já para o retorno, ou para enfrentar em paz a partida dos teus amores. Quanto àqueles que viste partir, de quem sofres saudades infinitas e impreenchíveis vazios no sentimento, entrega-os a Deus, confiando-os e confiando-te ao Pai, na certeza de que, se souberes abrir a alma à esperança e a fé, conseguirás senti-los, ouvi-los, deles haurindo a confortadora energia com que te fortalecerás até o instante da união sem dor, sem sombra, sem separação pelos caminhos do tempo sem fim, no amanhã ditoso. Até logo Júnior, que possas refazer-se dessa interrupção, fora do combinado. Força, que a vida continua e saímos sempre mais maduros dessas experiências. Estamos a caminho. Ninguém aqui ficará. Ó Wall!!
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05 de JULHO de 2010
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