Por: Dimas Lucena
Então de repente mais um ano passa. Passou ligeiro como o vento. A ampulheta do tempo derrama o pó da vida mais rápido do que podemos nos dar conta. Para não passar inútil preciso avaliar os meus sonhos e as minhas lutas. Para não passar inútil preciso avaliar a minha contribuição para um mundo melhor. Passei inútil se não fiz as declarações de amor que gritava na minha fraqueza amordaçada. Passei inútil se não calejei as mãos o suficiente para germinar na terra árida o meu Pé de Feijão mágico. Passei inútil se não me esculpi o suficiente para aprender com a dor das perdas. Passei inútil se não me fortaleci o suficiente contra os punhais das ingratidões e das injustiças. Passei inútil se nada fiz para contribuir para um Ano Novo em um mundo, que apesar de comemorar a fronteira imaginária do tempo, vive permanentemente velhas barbáries desumanas. A miséria ainda grita mais do que a solidariedade. Uma vida humana ainda vale menos do que um tênis usado. Os preconceitos colocam escravos no tronco para as chicoteadas das discriminações. Os golpistas e corruptos comemoram felizes seus crimes ante a contemplação de uma sociedade vilipendiada e tristemente alienada. Uma sociedade que aceita a destruição das suas Conquistas previdenciárias e trabalhista por um governo Ilegítimo. A quase totalidade do Poder da Mídia continua a endeusar seus patrocinadores públicos e privados em detrimento de valores éticos. Parte do capital arrecadado por governos constrói a realidade imaginária de uma Matrix e se reverte em ópio midiático para o povo. No entanto, a humanidade está prestes a comemorar um “ano novo” que se aproxima. O próximo ano só será novo se nós construirmos algo Novo. É preciso criar novos caminhos e uma nova cultura. No entanto, há uma tendência das pessoas se amalgamarem conformadamente nas suas rotinas e sofrimentos. Há uma triste tendência de não dizer "basta", de não ir à luta ("Não há nada a temer senão o correr da luta"), de se deixar vencer sem fazer o bom combate. Há uma tendência de sonhar de braços cruzados e pernas inertes. Não quero lhe desejar o protocolar “felicidades” nesse final de ano, acredito que seria inútil. Quero lhe desejar Coragem para lutar, Força para superar, Determinação para não desistir. Que venha 2017 e até lá. Dimas Lucena. O Wall!!!
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05 de JULHO de 2010
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