Este nome Freire tem origem na Espanha e se espalhou por toda a Europa. Essa família que usou também o nome Freire de Andrade, português, se uniu tão repetidas vezes por matrimônio aos Andrades que se tornou difícil distinguir esta daquela. Muitos Freires foram religiosos em Portugal, militares na França, cavaleiros na Inglaterra e, em diversos pontos do Brasil. Houve visconde, conde, barão, senhor de engenho, além de padre, frei, frade ou militante de alguma ordem durante todo o império português e espanhol. Sabendo-se que um dos ramos dos Andrades provém de um Mestre da Ordem de Cristo, através de sua descendência bastarda, mas legitimada, natural seria que o conjunto Freire de Andrade fosse usado por aquele ramo. Só que, sendo esta designação proveniente de alcunha, é possível que haja famílias de Freires que nada tenham a ver com os Andrades ou com os Freires de Andrade. Entretanto, vários ramos familiares dos Freires aparecem com essas combinações.
No Brasil, os Freires desenvolvem atividades diversas: há Freires políticos, advogados, médicos, empresários, comerciantes e fazendeiros, além de corretores de imóveis e industriais. Freire da Fonseca é também sobrenome de antiga e importante família estabelecida no Pará, oriunda da Praça de Mazagão, na África, de Inácio Freire da Fonseca, possivelmente seu parente, Capitão de Engenheiros, Cavaleiro Fidalgo da Casa Real e da Ordem de Cristo, deixou numerosa descendência, pela qual correm os sobrenomes Fonseca Zuzarte e Freire da Fonseca, do seu casamento, em fins do séc. XVII, com Maria da Fonseca, possivelmente sua parenta, filha de Luiz da Fonseca Zuzarte, patriarca desta família estabelecida no Pará. Entre os descendentes do casal, registram-se: o filho, Ignácio Freire da Fonseca, de 1710, que migrou para o Pará, compondo o grupo de 340 famílias que embarcaram para o Brasil, em 1770, estabelecendo-se na nova colônia de Mazagão. Fazia parte da 2.ª Companhia, grupo familiar 35, recebendo certa quantia de soldo, moradia e despesas. Veio em companhia de sua esposa, Isabel Rodrigues de Fonseca Loureiro e filhos; o neto, Sebastião Freire da Fonseca, que acompanhou seus pais na migração para o Brasil, em 1770, recebendo soldo, despesa e moradia. Casado, no Pará, com Leonor Salgueiro da Fonseca do Rêgo Coutinho, possivelmente sua parenta, filha de Antônio do Rêgo Coutinho, chefe desta família Rêgo Coutinho, do Pará, também oriunda de Mazagão; a neta, Ana Xavier Freire da Fonseca, de 1750, que acompanhou seus pais na migração para o Brasil em 1770, recebendo dote de sua praça. Matriarca de uma das família Seixas do Pará (Carlos Barata, Famílias do Pará, vol. VI, 66v; vol. XI, 294). Consta que essa família do Pará é ramificação da mesma que existe em Pernambuco, cujos descendentes são os Alencar , Pereira e Rêgo que também se relacionaram com os Freires, no sertão do nordeste, desde tempos antigos, anteriores a essas datas, possivelmente no periodo de capitanias pela sua importante contribuição no desenvolvimento econômico do interior, em Salvador, na Bahia, em Minas Gerais e em Pernambuco, do litoral ao sertão, especialmente em Recife, Cabrobó, Ouricuri, Lagoa Grande e Petrolina.
Eu sou um FREIRE. ó Wal !
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05 de JULHO de 2010
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