INAUGURAÇÃO DO BLOG

05 de JULHO de 2010

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Estervalder Freire dos Santos - Ó Wall; sou blogueiro desde 2010. Terminei o Ensino Médio em 1988, não tenho Ensino Superior, Criei o Blog Só Pudia Ser Ó Wal com a ajuda dos amigos: Cristiane Sousa, Ibermon Macena, Jackson Douglas, Junior Cunha e Rodrigo Viany. Sou totalmente eclético só para expor minhas ideologias.... O blog possuí muitos textos, mas nada especifico, acredito que sejam um pouco de tudo e pouco do nada, mas também há outros. Divirta-se.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

OS VELHOS ORELHÕES ABANDONADOS NA CIDADE

Por: Adelson do Vale
Os primeiros orelhões chegaram na década de 60, e funcionavam com fichas de ferro, metal, bronze, latão e cobre, que lembrava uma moeda de 25 centavos. Naquela época não havia outra opção, quem não tinha uma linha de telefone em casa, os telefones públicos davam conta do recado, a população compravam as fichas nas bancas de jornais e revistas e bem próximo eles estavam instalados nas calçadas e praças da cidade. A duração de uma ligação com uma ficha, levava de cinco a dez minutos em média, e quem desejava continuar falando teria que colocar outra ficha assim que se ouvia o sinal de que a ficha estava acabando. As cidades brasileiras ganhara um novo visual, um verdadeiro charme os orelhões de cor vermelha, anos depois eles passaram de vermelho para azul. Fazer ligações de um telefone público, seja onde ele estivesse era muito divertido, até fila se fazia, e quando alguém não largava o aparelho vermelhinho, logo se ouvia os protestos e até xingações, o povão falava alto mesmo outros simplesmente gritavam ao telefone, sem se dá conta que ao redor havia outros usuários ouvindo toda a conversa. Para outros usuários, é como diz Altamir Pinheiro em suas crônicas ligar de um orelhão era um quebra galho, que resolvia as broncas no dia a dia. Em Pernambuco eles eram controlados pela antiga Telpe e vinha com o nome de cada operadora cravados em suas fichas, era só comprar guardar e usar na hora que precisava. Mas devido seu alto custo operacional e o vandalismo, o Governo vendeu a Estatal para a Telemar, isso ocorreu em meado de 1992 e a empresa Telebras que tinha o controle das comunicações no Brasil, substituiu as velhas fichas, cinco anos depois pelos cartões telefônicos. Hoje, depois de décadas, só se ver carcaças de orelhões nas ruas, eles contam uma história de um passado glorioso, que não volta nunca mais, com a chegada de novas gerações de celulares, a Oi abandonou os velhos orelhões nas cidades, e que só servem pra bater com a cabeça neles, melhor mesmo que sejam recolhidos e dê um novo destino ecologicamente correto, deixando alguns deles nas praças apenas como peça de decoração, desde que as prefeituras façam a limpeza, a pintura e ainda a manutenção dos velhos aparelhos, os turistas certamente irão adorar fazer fotos nas praças com os velhos orelhões. Ó Wall!!!

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