Por: José Reis Chaves
Os teólogos dos primeiros séculos do cristianismo e até mesmo os próprios apóstolos e autores do Novo Testamento, nem sempre conhecedores dos verdadeiros ensinamentos que o enviado de Deus nos trouxe, ensinaram doutrinas erradas. É que temos uma tendência para as coisas materiais do nosso ego. E Jesus sabia disso: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (São Mateus 6: 33). E essa nossa tendência material está presente também, frequentemente, no nosso entendimento das passagens bíblicas, ora interpretadas literalmente, quando deveriam ser figuradamente, e vice-versa. Aliás, atualmente São feitas interpretações forçadas absurdas de passagens da Bíblia, para que elas deem sustentação às várias doutrinas criadas pelos teólogos. Daí tantas divisões no cristianismo! E um detalhe: na Bíblia há até textos de autores materialistas. Vejamos dois exemplos. “Pois os saduceus declaram não haver ressurreição, nem anjo nem espírito; ao passo que os fariseus admitem todas essas coisas.” (Atos 23: 8); e “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tão pouco terão recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento.” (Eclesiastes 9: 5). Os textos materialistas citados nos demonstram que a Bíblia jamais pode ser considerada, na íntegra, a palavra de Deus. Mas, ela contém muitas coisas de Deus, por isso, não a consideremos jamais inútil! Somente, devemos ter o cuidado de não a colocarmos acima de Deus, evitando assim a prática da bibliolatria como acontece com muitos irmãos nossos evangélicos, que falam mais nela e parecem amá-la mais do que ao próprio Deus! Assim, louvemos e amemos a Bíblia, mas com moderação! E é muito importante que atentemos para o fato de que, atualmente, se cometem muitos erros bíblicos escandalosos tanto de modificações dos seus textos como de interpretações forçadas literais e alegóricas deles. Com o pretexto de usarem uma linguagem mais moderna, fazem interpolações nos textos bíblicos e cortes neles para adaptarem-nos às doutrinas teológicas. Essas irregularidades têm acontecido mais nas traduções para a nossa Língua Portuguesa, porque no Brasil, o espiritismo é muito forte, e a Bíblia possui várias passagens espíritas. E um detalhe, a presença de católicos (e entre eles padres) nos centros espíritas é, hoje, maior do que dos próprios espíritas! E há neles, também hoje, nas cidades grandes e de porte médio, uma boa frequência de protestantes e evangélicos. Muitas correntes evangélicas e protestantes pregam que a ressurreição é do corpo quando, pela Bíblia (1 Coríntios 15: 44 e 50), ela é do espírito e do corpo espiritual (períspirito). Elas são influenciadas pela citação antiga do Credo (Símbolo Niceno-Constantinopolitano) da Igreja. Acontece que a Igreja tem dito hoje: “Creio na ressurreição dos mortos”, não mais, pois, da carne. E que os mortos vão ressuscitar, vão mesmo! Inclusive, eles ressurgem ou ressuscitam também quando seus espíritos reencarnam, pois, na reencarnação, a ressurreição é do espírito na carne! Abandonemos a religião de cultura materialista, e abracemos a de cultura espiritualista (Eclesiastes 12: 7), cientes de que, no mundo espiritual, a ressurreição definitiva é também do espírito, pois lá, matéria não tem vez! Ó Wall!!!!
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05 de JULHO de 2010
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