Por: Dr. Drauzio Varella (Folha de São Paulo)
Tanta gente toma remédio para dormir que o sono espontâneo virou extravagância. Na vida urbana, vivemos tão atormentados por compromissos e preocupações que até me surpreende nossa capacidade de fechar os olhos e pegar no sono à noite. Estudos multinacionais mostram que a prevalência de insônia crônica entre os adultos varia de 3,9% a 22%, a depender da definição adotada. Quando usamos a classificação ICSD-3 a prevalência oscila entre 9% e 12%. A ICSD-3 define como insônia crônica a condição que se instala quando surge um ou mais dos seguintes problemas, pelo menos três vezes por semana, por pelo menos três meses:1) Dificuldade para iniciar o sono. 2) Dificuldade para mantê-lo. 3) Acordar mais cedo do que o desejado. 4) Resistência para deitar num horário razoável. 5) Dificuldade para dormir sem um parente ou um cuidador. Quando a duração desses transtornos é menor do que três meses, a insônia é classificada como de curta duração. A primeira recomendação para os insones –crônicos ou não– é adotar o conjunto de medidas conhecido como higiene do sono. Entre outras: 1) não tomar café, bebidas alcoólicas, refrigerantes, ou energéticos, pelo menos seis horas antes de deitar. 2) não assistir à televisão na cama. 3) não deitar com o estômago repleto. 4) em vez de rolar na cama, ler com a luz indireta de um abajur. 5) abandonar a vida sedentária. Insônia não é mera inconveniência, é um distúrbio associado ao aumento do risco de morte, doença cardiovascular, depressão, obesidade, dislipidemia, hipertensão, fadiga e ansiedade. Nos quadros crônicos, está associada a acidentes automobilísticos, domésticos e no trabalho. O principal tratamento não farmacológico é a terapia cognitivo-comportamental, que envolve: higiene do sono, técnicas de relaxamento e controle dos estímulos que mantém a vigília. Ó Wall!!! Continua....
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05 de JULHO de 2010
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