(Texto de Juca Kfouri)
“O futebol não é uma questão de vida ou de morte, é muito mais que isso”. A frase é do escocês Bill Shankly, saudoso treinador do Liverpool quando o clube inglês dominou o futebol europeu. E faz todo sentido nos terríveis dias que correm. Diante da tragédia da Chapecoense, o futebol, aparentemente, fica menor, questão secundária. Mas não. Ao contrário. Toda a comoção vivida se dá exatamente por causa dele, o futebol. Óbvio que qualquer acidente com tantas vítimas comove o país atingido. Quando é com uma delegação inteira de jogadores de futebol, porém, comove muito mais, porque alcança o mundo todo, como estamos vendo. Consequência direta da paixão que o esporte mais popular do planeta desperta. Daí não ser menor pensar nas soluções esportivas que o drama impõe. Porque, queiramos ou não, a vida continua e, com ela, o futebol. Tudo para na hora da dor. Só o seguir em frente consegue amenizá-la. Mais ainda se não esquecermos de suas principais vítimas: os que ficaram. O caminho da saudade é solitário e vazio, mas, com o tempo e devagar, algumas flores vão surgindo e se oferecendo para serem colhidas: os dias se acumulam e, de repente, a dor, essa que nunca passa, já não derruba e oprime como antes. Em meio talvez a novas lágrimas, o sorriso vai brotar. Força, Chapecoense. O Wall!!!
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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
Força, Chape
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