INAUGURAÇÃO DO BLOG

05 de JULHO de 2010

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Estervalder Freire dos Santos - Ó Wall; sou blogueiro desde 2010. Terminei o Ensino Médio em 1988, não tenho Ensino Superior, Criei o Blog Só Pudia Ser Ó Wal com a ajuda dos amigos: Cristiane Sousa, Ibermon Macena, Jackson Douglas, Junior Cunha e Rodrigo Viany. Sou totalmente eclético só para expor minhas ideologias.... O blog possuí muitos textos, mas nada especifico, acredito que sejam um pouco de tudo e pouco do nada, mas também há outros. Divirta-se.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Problemas de bastidores da PM

Pois é gente, segundo a Fonte: Paraibaemqap, há problemas de bastidores sobre o tiro de um capitão num soldado da PM em João Pessoa-PB. O atrito que resultou em tiro e sangue entre um capitão da Polícia Militar e um soldado da mesma corporação em João Pessoa (PB), na madrugada desta quinta-feira, 12 de fevereiro, respinga em problemas internos que vão muito além de uma ocorrência “mal contada”. Bomba das grandes no gabinete do Comando-Geral da PM. Vejamos as duas versões principais do caso. A primeira é de que o soldado Davi Cristiano estaria numa moto, acompanhado de uma mulher, e a placa do veículo encoberta por um adesivo. Ao passar por uma blitz, teria “se exaltado” diante do capitão Leão. No bate-boca, o soldado teria tentado sacar sua pistola. O capitão, então, efetuou um disparo na perna de Davi. O praça foi contido, algemado e conduzido até uma delegacia. A outra versão confirma que a placa da moto estava encoberta, mas seria apenas para o militar “se livrar de multas”. Quanto à denúncia de que ele teria tentado reagir com sua arma, o relato não seria verdadeiro, conforme a versão que o defende. O soldado teria sido agredido com coronhadas na cabeça, além do tiro que sofreu na perna.
NOS ‘BASTIDORES’ - Engana-se quem pensa que o problema ‘acabou na delegacia’. O modelo ‘militar’ das PMs no Brasil tem como fator negativo a histórica divisão entre “oficiais x praças”, diferenças hierárquicas que vez por outra potencializam discussões as mais calorosas, culminando em agressões e até mortes. É óbvio que hierarquia e disciplina são requisitos existentes em quase todas as instituições, inclusive na iniciativa privada. No entanto, no militarismo elas ganharam contornos, por vezes, exacerbados, a ponto de dividir a tropa de uma forma que somente uma série de reformulações profundas será capaz de amenizar esses atritos. Não estamos afirmando que o caso específico é necessariamente fruto do fosso que divide oficiais e praças da PM no Brasil. Mas não nos enganemos: nos bastidores da PMPB, o episódio já nutre discussões que remetem às diferenças abissais entre as duas correntes que compõem a corporação. E pipocam questionamentos do tipo:
- E se fosse o soldado que tivesse atirado no oficial?
- Um soldado sozinho teria mesmo coragem de atirar em um oficial numa blitz cheia de policiais?
- Se uma pessoa sacar uma pistola para você, é na perna dessa pessoa onde você vai atirar para se defender?
- Soldados são julgados por oficiais; e os oficiais são julgados por eles próprios. Tem como haver justiça aí?
- Na guarnição do capitão também havia praças. Como eles irão se posicionar quando forem ouvidos, caso o oficial tenha realmente cometido excessos?
Longe de já querermos ‘condenar’ o capitão no caso em tela. Essa não é, verdadeiramente, a nossa intenção. Porém, o modelo “Militar” que o Brasil herdou e mantém em suas PMs reúne diversos fatores que já complicam a vida de Davi. Antes de qualquer julgamento. Ó Wall!!!


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