INAUGURAÇÃO DO BLOG

05 de JULHO de 2010

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Estervalder Freire dos Santos - Ó Wall; sou blogueiro desde 2010. Terminei o Ensino Médio em 1988, não tenho Ensino Superior, Criei o Blog Só Pudia Ser Ó Wal com a ajuda dos amigos: Cristiane Sousa, Ibermon Macena, Jackson Douglas, Junior Cunha e Rodrigo Viany. Sou totalmente eclético só para expor minhas ideologias.... O blog possuí muitos textos, mas nada especifico, acredito que sejam um pouco de tudo e pouco do nada, mas também há outros. Divirta-se.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

MEMÓRIAS DA VIDA NO HOSPITAL - 25ª PARTE

Por: ROBERTO ALMEIDA - jornalista. Continuando...
Mais de uma vez a sonda caiu, às vezes por conta de um simples espirro, e lá vinham as enfermeiras novamente enfiar aquilo no nariz causando um desconforto difícil de descrever. Uma das vezes os meus vizinhos de leito ficaram assistindo o procedimento, com cara de assustados, vendo as lágrimas caírem do meu rosto impassível, percebendo que aquele negócio doía “pra caralho”, que o leitor desculpe a expressão. Os médicos sempre passavam regularmente para acompanhar a recuperação e a partir daí começou a expectativa da alta. Antes de vir para casa ainda iria mais uma vez na sala de endoscopia, onde retiraram a sonda do nariz, deram uma anestesia, fizeram um buraco na minha barriga e instalaram um outro tipo de sonda, que chamam GTT, diretamente no estômago. Fiquei durante mais de um mês com aquela pequena mangueira na barriga, com toda alimentação sendo feita via sonda. Mesmo aqui em casa, em Garanhuns, Terezinha passava alguma coisa no liquidificador, colocava no potinho e ligava ao equipamento que levava a comida ao estômago. Os médicos e fonos tinham dito que eu podia precisar da sonda 30 dias, seis meses ou podia ser pela vida toda. Fiquei apavorado com aquela possibilidade e ficava sonhando com o dia em que poderia comer novamente queijo, carne, tomar uma sopa, ou provar uma gostosa picanha com fava num dos restaurantes da cidade. Não dava para se arriscar tentando comer pela boca sem um acompanhamento médico, pois no Restauração, na enfermaria em que fiquei, durante a minha permanência lá um paciente morreu porque o acompanhante lhe deu água, quando o médico e enfermeiras foram bem claros que ele não podia ingerir nada por via oral. Ainda no Hospital, no entanto, a fonoaudióloga fez um teste comigo que me deu esperanças. Ela pegou um copo com um pouco de água e foi me orientando a tentar tomar. Apenas o mínimo, que ficava na boca por uns instantes, e então eu engolia e parecia um milagre. Repeti as mesmas atitudes uma ou duas vezes e a alegria tomou conta de mim por ter conseguido tomar dois goles d´água. Depois de alguns dias na dependência da sonda, em casa, resolvi (com muito medo, é claro) tentar repetir a experiência feita no HR, sob a supervisão da fono. Numa xícara pus caldo de feijão e com uma colherinha tentei ingerir pequenas “gotas”, da mesma maneira como tinha feito com a água no hospital. Ó Wall!!! (Continua...)

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