Vida, mundo e natureza

A natureza é bela e magnífica, num único tempo. Nem precisamos parar para apreciá-la. A nossa mente já faz isso por si só e nos remete a inúmeras sensações de bem-estar, se assim for. Interrompendo o ciclo vital urbano das rotas pré-definidas e das intensidades cotidianas, elucido momentos vividos na beira-mar da nossa Fortaleza. Quão belo é o nosso litoral. Os barcos pairam no entrebalancear ritmado pelas ondas. E a sonoridade da brisa encanta qualquer um que ali circule. O aroma característico das marés se espalha pelo caminho como se indicasse um habitat, no caso, marinho. São muitos sentidos e para tantos, inúmeros significados. E nessa significação, estão eles, estamos (nós). Os pescadores vislumbram embarcações, meios de sobrevivência, marés e enseadas. Alguns mais estressados, só percebem o espaço de circulação para efetivar seu passear atlético. Outros, aliam a beleza natural, a vida circulante com as atividades proativas para a saúde do corpo. Existem os que roubam. Os que prendem. Os que saem e os que ficam. (Assim, parecendo a estação da canção entoada pela Maria Rita). Mas não posto em vão. O que me encanta: são aqueles que amam. Os pais entre si. Os filhos e seus pais. Os casais. Os jovens. Os namorados. Por entre pedras banhadas pelas ondas. Por entre bosques que resistem a falta de manutenção. Por entre negócios de arte, de culinária, de mãos e de corpos. Lá estão eles: conversando, beijando, abraçando, dizendo, sussurando, apontando, segurando... Veja bem, não temos um paraíso! São pessoas comuns com problemas diversos e soluções (im)possíveis. Mas isso não importa, o que importa é estar junto. Sem indicar soluções, sem fazer alusões. O cenário está ali. Paradinho, na dele. O mundo gira e a vida segue dessa maneira. Como? Assim: ao latido dos cães, no toque do amor: eis a natureza viva. Ó Wal !!!