Diz à lenda que uma garotinha fora morta por alguns fanáticos de uma seita religiosa e a mesma tivera a alma entregue ao diabo. No seu velório uma mulher idosa se aproximou do caixão e deixou-lhe uma bonequinha preta com roupas de escrava e entre suas mãozinhas estava um pilãozinho. Algo inofensivo, porém incomum. Algumas pessoas que estavam próximas ao caixão ficaram apavoradas com a face da senhora e com a lembrança ''inadequada'' pela situação em si. Após as preces a garotinha fora sepultada num clima de pura revolta de toda família e toda população na busca pelos envolvidos. Passados alguns anos a policia conseguiu encontrar algumas pessoas que foram indiciadas pela morte da garotinha. A partir daí, coisas estranhas começaram a acontecer. Um dos indivíduos fora encontrado morto em sua residência com perfurações de faca por todo o corpo e com algumas sementes entaladas em sua boca. Outro acabara afogado nas margens de um rio, o corpo estava do lado de fora e a cabeça dentro d'água. O crânio estava aberto e dentro dele sementes. A polícia começou a desconfiar que as mortes pudessem estar relacionadas a uma mesma pessoa. Porém, passaram-se alguns anos e o esquecimento acabou selando o assunto. É comum em dias de domingo, principalmente em cidadezinhas mineiras, toda a população assistir a missa. Uma dessas missas teve um caráter digamos especial, pois, fazia-se cinco anos que a garotinha fora assassinada pela seita do mal. Tudo correra tranquilo até que ao final da missa algo estranho aconteceu. O padre que estava celebrando a missa começara a passar mal e os mais próximos ao altar correram para ajudá-lo. Ele suava frio e sua língua começara a enrolar como num ataque epilético. Começava a se contorcer e a virar os olhos. Sua mão estendida apontara para uma porta lateral da igreja tentando mostrar alguma coisa. Alguns tentaram correr para ver o que era outros tentavam buscar ajuda nas ruas e outros tentavam ajudar o sacerdote. Mas nada conseguiu ajudar o padre que morrera ali mesmo junto aos seus fiéis. O choro era enorme por toda paróquia. No dia seguinte o velório do padre fora na própria igreja, com a presença de quase toda cidade. Como vocês sabem nas cidades pequenas o cortejo fúnebre percorre quase toda cidade a pé rumo ao cemitério local. Foi aí que o medo pairou sobre todos naquele dia. Na entrada do cemitério estava a velha. Aquela que deixara a bonequinha no caixão da garotinha. A mesma estava imóvel, com um terço entre as mãos e uma bolsa velha na outra. Fixou os olhos no caixão e balbuciou algumas palavras em direção a ele. Todos ficaram assustados. Olhando para todos disse em voz alta: - O MAL HOJE SE FAZ ACABADO. O QUE ESTAVA PRESO NO PASSADO FICOU ENTERRADO E LACRADO A SETE CHAVES. NÃO MAIS HÁ NADA A TEMER. Os mais exaltados queriam linchar a senhora, mas a turma do “deixa disso” mais a policia acabaram intervindo para que o desfecho não fosse pior. Ao adentrarem no cemitério o que estava por vir foi algo de tão inexplicável que nunca conseguiram entender o que realmente ocorreu de fato naquele dia. Ao chegarem à sepultura do Padre, o caixão do pontífice começara a escorrer sangue por todos os poros. Abriram o caixão e a imagem foi demoníaca. Da boca do padre saíram grãos e suas mãos estavam marcadas pelo sinal da cruz invertida. No seu peito estava um punhal cravado bem ao coração. Todos saíram correndo e gritando rumo a saída do cemitério. Mas todos viram com exatidão, em frente ao portão de saída do cemitério estava a bonequinha preta da garotinha sentada de frente e com o pilãozinho entre as mãos. Quando se aproximaram mais de perto, viram que dentro dele havia grãos... Grãos manchados de sangue. Ó Wall!!
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