Por: Pe. Eduardo Delazeri
Cada vez mais drogas para cada vez menos prazer. A ironia perversa das drogas: é claro que droga dá prazer, se não ninguém usaria pela segunda vez. Logo de cara sofrem efeitos colaterais, ruins e suficiente para evitar qualquer desejo. Quem fuma o primeiro cigarro de maconha pode ter efeito violento. Outra pessoa com uso prolongado começa a ter crises de paranoia suficiente para cortar o barato de qualquer um. Na outra face da moeda, maconha para alguns dá o prazer como dá o sexo e uma boa comida. Depende como o cérebro reage. Cocaína, álcool, nicotina e maconha agem diretamente sobre o “sistema de recompensa” do cérebro aumentando a quantidade de dopamina. Dopamina circulando nos neurônios podem chegar dez vezes mais do que em estado normal e muito maior do que a encontrada durante o prazer cotidiano. Se alguém berrar em seus ouvidos ou ir em uma balada com música super alta o tímpano se enrijece e reduz a transmissão dos sons. Resultado: é preciso aumentar o som. Tolerância em drogas surtem cada vez menos efeito das drogas, e precisa de drogas mais e mais fortes. Nunca vai ter o primeiro prazer outra vez como na primeira vez. Esse problema causa uma busca obsessiva de uma nova dose. Cocaína por exemplo, produz uma sensação de euforia. Quando o nível de dopamina volta ao normal, o drogado quer mais e mais cocaína para tentar obter o bem estar anterior. Só obtém este bem estar com mais cocaína até aprender a dizer NÃO. Se não dizer “não” com a graça de Deus, drogas vem e vão com mais e mais intensidade. Vários exemplos colaterais: música não tem mais a mesma satisfação, sexo não é tão prazeroso. Só cocaína re-dá um prazer, e sempre menor. O prazer habitual diminui cada vez mais e precisa de drogas cada vez mais fortes como o crack. O desejo é persistente. Podemos ficar “limpos” por meses ou anos e a memória de nosso hipotálamo sempre procurará drogas. Nunca chegamos ao “ponto zero” no sistema de recompensa. É como tentar alcançar o horizonte, nunca chegaremos lá. Drogas são um time que está sempre ganhando. Não mexa com esse time. Sábias as palavras dos Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos, que muito antes de qualquer pesquisa científica já espalhavam entre si a mensagem de que o vício não se cura. Um alcoólatra nunca será capaz de voltar a beber “normalmente”. O vício no máximo se interrompe, ficando-se longe da droga um dia de cada vez. Ó Wall!!!
INAUGURAÇÃO DO BLOG
05 de JULHO de 2010
Páginas
Visualizações
AUTOR DO BLOG
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário