Gente, segundo o PortalOpiniao, o professor que dançou o Hino Nacional em ritmo de Funk é inocentado pelo Ministério Público Federal
Todos os brasileiros lembram da ampla repercussão causada pela apresentação do Hino Nacional em Ritmo de Funk, na Escola Estadual Senador Humberto Lucena, de Cacimba de Dentro – PB. Em 2014, durante a X Mostra Cultural, Científica e Tecnológica realizada pela escola, o Professor Alan Oliveira, que havia ficado responsável por toda a parte cultural do evento, preparou uma apresentação do Hino Nacional Brasileiro em Ritmo de Funk junto aos seus alunos. Não imaginava ele o que estava por vir. O vídeo viralizou na internet e o professor começou a receber uma enxurrada de ameaças e ofensas de pessoas que diziam ser defensoras dos símbolos nacionais e das leis, mas sequer sabiam respeitar o contraditório. Durante toda essa polêmica, em uma das entrevistas concedidas pelo Professor Alan Oliveira à imprensa, ele deixou claro que estava sendo vítima de pessoas que não assumem o preconceito e até desprezo que sentem pelo ritmo funk e pela cultura atrelada a ele.
Ainda assim, não teve jeito. O professor recebeu ameaça de processos, denúncias ao Ministério Público e, acredite, até à Polícia Federal.
Para se defender de todas as acusações e receber os devidos esclarecimentos, Alan Oliveira contou com os serviços do escritório PP Advocacia, sob a responsabilidade do competente advogado Pedro Pereira de Sousa Neto (OAB-PB sob nº 19.251). E deu certo. Na manhã desta terça-feira, dia 21 de abril, o professor anunciou em seu perfil no facebook que as denúncias contra ele foram arquivadas, com a decisão do Procurador da República Werton Magalhães Costa: “Há alguns meses, boa parte dos meus amigos, familiares, alun@s e conhecidos presenciou o terrível ato de que sofri. O Brasil é um país de diversidade cultural gigantesca e a escola é um ambiente propício para que essa pluralidade seja discutida. Quis, com a apresentação do Hino Nacional na versão Funk, que essa apresentação explorasse um dos muitos ritmos da nossa cultura.
Sendo um dos responsáveis pela organização da X Mostra Cultural Científica e Tecnológica, que ocorreu em setembro do ano passado na Escola Senador Humberto Lucena, Cacimba de Dentro-PB, eu e alguns alunos organizamos e participamos pessoalmente da abertura do evento: uma representação, em música e dança, de nosso Hino Nacional em ritmo de funk. A peformance foi um sucesso entre os presentes, pois, a um só tempo, alimentamos a reflexão acerca do Funk como uma autêntica manifestação cultural. Ora, se há versões do Hino em tantos ritmos diferentes (MPB, rock, axé), por que não também em funk?! Na internet, por outro lado, nem todos ficaram contentes: começou com um burburinho em Cacimba de Dentro e redondezas, depois na Paraíba e, rapidamente, pessoas do Brasil inteiro deixavam de comentários repreensivos a ameaças e agressões racistas contra minha pessoa. Foram mais de 9 milhões de visualizações e quase mais 200 mil compartilhamentos no Facebook, além de ter dado entrevistas a várias emissoras de televisão, rádio e sites. Algumas incitavam a denúncia ao Ministério Público, sob o argumento de que, segundo a Lei 5.700/71, a modificação do ritmo oficial do Hino era crime, e que a utilização do Funk para representá-lo demonstrava maior desprezo pelo símbolo. No furor do momento, em que esses milhares de “juristólogos de plantão” se punham a ameaçar minha integridade psicológica e até mesmo física, felizmente pude contar com muita gente pelo Brasil também: meus amigos e familiares me apoiaram a todo instante; muitos cientistas se puseram em meu favor; desde o início, também, pude contar incondicionalmente com o pessoal do escritório PP Advocacia me prestando esclarecimentos, me tranquilizando e se pondo em minha defesa junto ao Ministério Público. Hoje, passados mais de sete meses do ocorrido, venho trazer novidades a todos – inclusive aos que me denunciaram, se é que já não receberam a notificação diretamente pelo Ministério Público: as denúncias foramarquivadas. E sabe por quê? “E, na performance apresentada no vídeo em questão, não há, ao meu ver, nenhum desrespeito a qualquer símbolo nacional, mas sim um exercício de liberdade de expressão e cultural dos participantes.” Disse o Procurador da República Werton Magalhães Costa. Equipe PP Advocacia, muito obrigado! Sem vocês, eu não teria conseguido! Familiares , amig@s, alun@s, colegas da escola Senador Humberto Lucena e às pessoas de todo o Brasil que me apoiaram, MEU MUITO OBRIGADO!” (Profº Alan Oliveira, 21 de abril de 2015)
Procurado pelo Portal Opinião, o Professor Alan diz que sempre confiou na decisão da justiça e que está pronto para quebrar outros paradigmas: “Toda quebra de paradigma nunca será fácil, sempre a maioria vai se opor a você, mas se não entrássemos nessas lutas constantes, nossa sociedade ainda estaria com pensamentos arcaicos ligados à Idade Média. Que venham outros paradigmas para serem quebrados!” Logo a seguir, você confere a decisão emitida pelo Procurador da República Werton Magalhães Costa. Com isso, o caso está encerrado e o professor prova que, mesmo com a maioria das pessoas se posicionando contra ele, a justiça esteve e está ao seu lado, na defesa da manifestação cultural e da livre expressão.
Ó Wall!!!
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05 de JULHO de 2010
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