Continuando com o BBC. Decepcionados, o casal pensou em uma solução desesperada. "Por causa de nossa situação miserável até pensamos em vencer o rim de nosso filho", disse Ali apontando para o filho de nove anos, Hussein. "Faríamos qualquer coisa menos pedir esmolas. Por que nós chegamos a isso? A família não foi tão longe, mas dizem que só de pensar na possibilidade todos já ficaram desolados. O comércio. A crescente pobreza no país deu grande impulso ao tráfico de rins e outros órgãos em Bagdá. Segundo estatísticas do Banco Mundial relativas a 2014, cerca de 22,5% da população do Iraque, de quase 30 milhões de pessoas, vivem na miséria. Gangues oferecem até US$ 10 mil (quase R$ 36 mil) por um rim e têm se aproximado dos iraquianos mais pobres, transformando o país em um novo centro do comércio de órgãos no Oriente Médio. A pobreza no Iraque leva famílias ao desespero e à tentativa de vender órgãos do corpo. "O fenômeno é tão espalhado que as autoridades não tem como combatê-lo", disse Firas al-Bayati, advogado ligado a defesa de direitos humanos. "Nos últimos três meses lidei pessoalmente com 12 pessoas que foram presas por vender os próprios rins. E a pobreza era a razão por trás destes atos." "Imagine este cenário: um pai desempregado que não tem nenhuma fonte de renda para sustentar os filhos. Ele se sacrifica e ainda é preso. Considero-o uma vítima; tenho que defendê-lo", diz ele. Nova lei. Em 2012, o governo aprovou uma nova lei para combater o tráfico de pessoas e órgãos. A doação de órgãos só pode ocorrer entre familiares, mas é fácil falsificar documentos. Apenas familiares podem doar os órgãos para outra pessoa e com consentimento mútuo. Mas a partir daí, os traficantes passaram a usar documentos de identidade falsos, tanto do comprador como do vendedor, para provar que seriam da mesma família. Ó Wall!!! Continua...
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05 de JULHO de 2010
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