Por: Maria Ferreira
Meu nome é MARIA DO DESTERRO FERREIRA (Foto), casei aos 37 anos, sou mãe temporã (mãe tardia), que aos 38 anos ao invés de ser avó, estava amamentando um filho, sou filha da mistura de raças. Nas minhas veias correm sangue indígena, negro, caboclo, português, por parte de tataravô, bisavós, avós, pai e mãe. Tenho também um coração cheio de amor e orgulho pelas minhas origens.
Fui adotada aos 4 meses de vida. Estudei em um Colégio de freiras, onde sofri preconceito por ser negra. Muitos colegas filhos do "papai" não sentavam perto de mim porque tinham vergonha. Com o tempo fui adquirindo confiança na sala de aula, no primeiro ano que lá estudei. Todos começaram admirar a minha desenvoltura com os livros e atividades. Eu era a primeira da sala. Fui aluna destaque. Passei a ser querida por todos. Nas aulas de artes, eu quem criava as peças de teatro. Sofria bulling e não sabia. Nem sabia o que era isso. Muitas vezes eu chorei de tristeza por ouvir as colegas me chamando de "negra magricela", "pedaço de carvão" e outros adjetivos pejorativos. Ainda sofro preconceitos mas não me deixo intimidar. Sofro preconceitos até pelo meu nome. Fico observando que os mais preconceituosos são de raça negra ou brancos diaraque. É lá na cova onde acaba todo orgulho e preconceito. Então, o que importa é:" VIVER E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZ". Ó Wall!!!
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05 de JULHO de 2010
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