Por: Paulo Rideaki
Não costumo fazer comparações da minha vida objetiva (material) com os das outras pessoas, porque simplesmente não tenho tempo para isso e nem vocação, apesar da minha vida ser ‘simplória’ em todos os sentidos e aspectos, “vivo” entretido com os meus próprios problemas e crises existenciais (espirituais). E quase sempre confesso não dar contas de algumas delas, mas o tempo tem a sua própria sabedoria e condição de ser, e à medida que o ‘tempo’ passa amadurecemos, e é onde percebemos alguns aspectos mais relevantes das nossas vidas, sutis mudanças em nós mesmos que só percebemos quando ‘paramos’ para profundas reflexões. Quanto de nós, damos um tempo para refletir sobre nós mesmos e sobre as nossas condições neste mundo? Como mencionei nos primeiros parágrafos acima, não me comparo a ninguém, mas faço comparações de mim mesmo, do que era antigamente quando mais novo e do que sou hoje! Muitas vezes me surpreendo, porque de repente o que me incomodava antes não me incomoda mais, e na correria do cotidiano nem tinha percebido o processo da minha própria “mudança interior” para o melhor. Acredito que todos sem exceção, vivemos numa incessante correria, envolvidos profundamente com os nossos “problemas” mundanos, que às vezes atribuímos a elas, graus de importâncias que não deveríamos. É claro que não devemos procrastinar, adiando tudo para o amanhã o que podemos resolver hoje, o que quero dizer é que não precisamos atropelar nada, só precisamos respirar melhor, resolvendo uma coisa de cada vez. Observando que não devemos nos apavorar quando não podemos ou por razões diversas resolver quaisquer problemas em nossas vidas. Uma questão que acho relevante informar é que não existe no mundo problema insolúvel, tudo que desejamos transformar é possível de se resolver, o ser humano tem essa capacidade intrínseca e natural transformadora.
É sabido que no budismo aprendemos tal essência e condição humana, por esta razão não vivemos resignados com tudo que nos incomoda, apenas transformamos para a obtenção das nossas qualidades de vida. Importante também salientar que tal capacidade transformadora só se manifesta quando o homem ou o ser humano toma atitudes, uma vida baseada somente em crenças não nos leva a nada, apenas na loucura desenfreada dos fanáticos, que vivem passiveis as dificuldades mundanas, esperando por uma intervenção divina que aqui todos chamam de milagre, sem fazer absolutamente nada para mudar seus aspectos negativos, vivendo suas vidas de sofrimentos até que a morte física os “liberte” de suas próprias ignorâncias que as fizeram tanto sofrer, quando não precisavam. Não me comparo com as pessoas no nível material (objetivas), mas faço profundas comparações entre eu e elas a níveis espirituais (subjetivas), porque é através destas comparações subjetivas dos comportamentos alheios, que percebo o quanto eu evolui com o advento do amadurecimento. E sempre que faço tais comparativos entre eu e eles (outras pessoas) me permitindo uma profunda reflexão que me define bem de quem eu sou hoje, uma pessoa melhor, completamente diferente do que era no passado remoto! Hoje com o próprio advento do meu amadurecimento pessoal, consigo compreender melhor meu pai, um ateu envolvido profundamente com o seu trabalho, quando ele me ensinou que para ser feliz eu precisava saber apenas de uma coisa, ele me disse que temos que ter a cabeça ou mente sempre aberta, a barriga cheia e o bolso sempre cheio de dinheiro. Na época tal pensamento me causou conflitos em minha pequena mente infantil, mas hoje está absolutamente esclarecido tal “enigma”, hoje tal pensamento é tão ‘clara’ como a própria luz do sol que me ilumina a escuridão da minha ignorância e como a própria luz do dia que dissipa a escuridão das trevas daquele que não sabia de nada e vivia na escuridão, sofrendo inclusive desnecessariamente por ter a mente fechada e uma visão medíocre de mim mesmo e do próprio mundo ao meu redor! Ó Wall!!!
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05 de JULHO de 2010
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quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Hoje estou bem melhor do que era ou fui no passado!
Postado por
Unknown
às
22:58
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