Em ano mais violento da história na Paraíba

Pois é gente, segundo a rede de Notícias Paraíba, em ano mais violento da história na Paraíba comandante da PM culpa redes sociais e o cidadão pela violência. Não é de hoje que se prega que a Paraíba não é um estado tão violento como dizem “a imprensa” e as “redes sociais”. A mídia paraibana está repleta de declarações a este respeito. Mesmo antes de terminar o ano, 2015 já pode ser considerado o mais violento da história da Paraíba. Já são mais de 1400 assassinatos, quase 130 casos de ataques contra instituições bancárias, incontáveis assaltos, furtos e arrombamentos, além de não ter como esquecer os casos de ônibus queimados em Campina Grande, o assassinato de uma dezena de agentes de segurança, entre policiais e agentes penitenciários. Há inclusive casos de tentativa de assalto em residência de alta patente da Polícia Militar. Apesar de estudantes serem usados como escudo humano em mais uma ação do chamado novo cangaço, na cidade interiorana de Picuí, na nossa “pacata” Paraíba, há um discurso de que não existe esta história de “crime organizado”. Ainda bem que não existe, pois, mesmo desorganizado o crime tem prevalecido no estado; por outro lado, falta organização da cúpula da segurança que fica inerte diante de tal situação. Afinal, a culpa é do cidadão e das redes sociais. Um dos culpados já está punido. O cidadão, que já vive trancafiado dentro de suas casas, que já nem pode mais ser consideradas asilo inviolável, já que, o número de famílias vítimas de violência dentro de suas casas cresce a cada dia no estado. Dentro dos presídios não tem sido diferente, são vários detentos assassinados e outros que foram “encontrados mortos”, além de várias fugas. Houve até um caso em que o preso destruiu uma carceragem, detalhe, com as próprias mãos. A população sabe que as Polícias estão fazendo além das suas condições, pois com déficit de quase 9 mil policiais militares, não há como combater a violência de igual para igual. Quando se trata da Polícia Civil, são várias cidades sem delegados e delegacias que funcionam uma vez por semana, entretanto, está tudo dentro da normalidade. Diante de um cenário tão forte, ainda há quem diga que tudo isso é apenas exagero, que a Paraíba nem é tão violenta assim. Nesta linha de pensamento, se pronunciou o comandante da Polícia Militar na Paraíba, Coronel Euller Chaves, onde em entrevista ao Rádio Verdade, na Arapuan FM, a mais alta patente da Polícia Militar na Paraíba, atribuiu a culpa pela sensação de insegurança, “às redes sociais e ao cidadão desatento”. O Comandante disse acreditar que as redes sociais alimentam a cultura do terror e do medo, além da própria população ‘facilita’ as ações dos criminosos ao não tomar cuidados básicos. Ouvindo a linha de raciocínio, apesar de já se ter os “culpados” (as redes sociais e o cidadão), percebe-se que não é tão fácil de solucionar o problema da (IN)segurança na Paraíba, pois, para isto, teríamos que voltar há época em que não existiam a internet, ou mesmo uma imprensa livre. Com tantos fatores que poderiam ser elencados, incluindo a incompetência de uma meia duzia, as redes sociais e os cidadãos é que são apontados como os responsáveis pelo aumento da violência no estado. Dá pra entender? Ó Wall!!!