Continuando com a Fonte: Maria Clara Vieira, Revista Crescer. Ele percebe quando algo não está bem ou quando há um clima de estresse. Se ele vê que estou triste, vem me dar um beijo, mostra que está preocupado. A microcefalia do meu filho afetou mais a parte cognitiva e visual. Por isso, ele não se expressa muito bem. Se está sentindo alguma dor, não consegue explicar. Eu tenho que perceber pelo instinto materno. A visão dele é baixa, por conta de um problema sério na retina, mas nada que o impeça de ter uma vida normal, apesar dos cuidados. Consigo ir com ele para qualquer lugar. Ele não precisa de remédios neurológicos nem de nenhum equipamento especial. A escola é que foi um grande desafio para mim. Por mais que seja lei a inclusão de alunos com deficiência, muitas escolas disseram que não tinham estrutura para recebê-lo. E tem aquelas que fazem a matrícula, mas, no dia a dia, não incluem a criança de fato. Hoje, o meu filho está em uma escola particular onde é bem aceito, com profissionais que abraçaram a causa. Sou muito grata por ver a professora cuidar dele. Isso é tudo para mim, só tenho a agradecer. Na nossa história, senti preconceito contra o meu filho apenas nessa questão de matrícula escolar. Mas nos locais aonde vou e com as pessoas com quem convivemos, nunca teve discriminação declarada. Claro que há alguns olhares… principalmente de outras crianças. Mas entendo que são crianças e isso nunca me incomodou. Nunca deixei de andar com ele em lugar nenhum. Na primeira infância, a rotina era bem corrida porque ele tinha muitas sessões de terapias, que começaram no segundo mês de vida. Mas a nossa vida hoje é como de qualquer família. Ó Wall!!! Continua...
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05 de JULHO de 2010
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