O ator José de Abreu falou durante pouco mais de 30 minutos no “Arquivo Confidencial”, no programa do Faustão. Além dos depoimentos de amigos, que ao ser exibidos emocionaram o artista, foi uma oportunidade dele dar sua versão sobre a agressão que sofreu por parte de um casal, recentemente, num restaurante de São Paulo. Segundo José de Abreu, tanto o marido quanto a esposa lhe xingaram várias vezes, o chamaram de safado e ladrão e sua mulher de vagabunda. “Perdi meu pai cedo, trabalho desde os 14 anos de idade e sou funcionário da Globo há 15 anos”, revelou para rebater os argumentos dos que, na sua opinião, não sabem conviver com as diferenças. O ator disse claramente que é contra o processo de impeachment em curso e considerou um absurdo tudo ter sido comandado na Câmara pelo deputado federal Eduardo Cunha, que o Brasil inteiro já sabe se tratar de um ladrão. O artista criticou também o vice Michel Temer e frisou que foi Dilma a presidente responsável pelo combate à corrupção, possibilitando pela primeira vez no país a prisão de políticos e empresários que antes agiam impunemente. Ele apelou pelo fim da "intolerância", defendendo que as pessoas podem conviver numa boa com opiniões diferentes sobre política ou outros assuntos. Foi um desabafo forte, com opiniões opostas as que jornalistas e apresentadores da TV Globo expõem diariamente na programação da emissora. No final, Abreu agradeceu o espaço ao Faustão e aos diretores da Rede Globo. “Aqui nós não somos manipulados como muitos pensam”, salientou. Logicamente que a Globo “não bate prego sem estopa”. A permissão para que o ator se pronunciasse da maneira que fez dá um verniz democrático a uma emissora que tem sido acusada de golpista e é sempre lembrada pelo apoio dado aos militares, em 1964. A TV da família Marinho tem recebido críticas também no exterior, acusada de fazer um jornalismo direcionado contra a democracia, como aconteceu na semana passada quando o The Guardian, da Inglaterra, publicou um artigo que incomodou os diretores da Globo. Tanto que João Roberto, um dos donos da empresa de comunicação, escreveu uma carta assegurando que a emissora é isenta. Ó Wall!!!
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