(Max Nunes - Foto)
Max Newton Figueiredo Pereira Nunes (Rio de Janeiro, 17 de abril de 1922) é um humorista, médico e polímata brasileiro. Portanto no último dia 17/04, ele comemorou 90 anos. Formado em medicina, desviou-se da profissão para se tornar um escritor de humor do Brasil. Pioneiro dos programas de humor no rádio e na TV, foi o criador e redator do programa Balança Mas Não Cai, grande sucesso da década de 1950, na Rádio Nacional, onde se consagraram, por exemplo, atores como Paulo Gracindo e Brandão Filho, nos papéis do "Primo Rico e primo Pobre". Como cronista é autor de textos sobre o cotidiano do Rio de Janeiro. Vários sucessos de Jô Soares têm origem em textos de Max Nunes, como o das personagens Capitão Gay e a cantora lírica Nanayá Com Ypsilon. Jô Soares inclusive o considera seu padrinho. Também é compositor de canções, como Bandeira Branca de 1970. É torcedor do America Football Club do Rio de Janeiro. Em sua homenagem, na sede do clube, há um teatro que leva seu nome. As pérolas abaixo foram extraídas de “Uma pulga na camisola – O máximo de Max Nunes”, Companhia das Letras – São Paulo, 1996, págs. diversas, seleção e organização de Ruy Castro.
Pérolas de Max Nunes
- Era tão azarado que, se quisesse achar uma agulha no palheiro, era só sentar-se nele.
- A prova de que o balé dá sono na platéia é que os artistas entram sempre na pontinha dos pés.
- Não é que as moças de hoje sejam mais bonitas. É que as de ontem já deixaram de ser.
- O caqui não passa de um tomate diabético.
- Quem pede a palavra nem sempre a devolve em condições.
- No Nordeste, a seca é tão braba que são as árvores que correm atrás dos cachorros.
- O jipe é o maior esforço feito pelo homem para chegar à mula mecanizada.
- O casamento é como a pessoa que quer tomar um copo de leite e compra uma vaca.
- O casamento é o único jogo que acaba mal sem que ninguém ponha a culpa no juiz.
- Os homens casados se dividem em três categorias: os polígamos, os bígamos e os chateados.
- Com as ruas esburacadas desse jeito, é preciso ser muito virtuoso para não dar um mau passo.
- O difícil de confundir alhos com bugalhos é que ninguém sabe o que são bugalhos.
- O motivo pelo qual o povo não consegue mais comer de garfo e faca que há muita gente comendo de colher
- Já tinha oito anos e não bebia uísque, não dançava rock e não fumava maconha. Era um retardado mental.
- Democracia é aquele regime pelo qual qualquer cidadão pode ser presidente da República, menos eu e você, naturalmente.
- Duplicata é uma coisa que sempre vence. Nunca empata.
- Houve um tempo no Brasil em que ninguém tinha dinheiro. É hoje!
- Há casais que se detestam tanto que não se separam só pra um não dar esse prazer ao outro.
- O eleitor, obrigatoriamente, tem que ser qualificado. O candidato, não.
- Personalidade é aquilo que uma pessoa tem quando não está precisando do emprego.
- Algumas mulheres são tão feias que deviam processar a natureza por perdas e danos.
- Quando a mãe informou aos filhos que ia conferir um prêmio ao mais obediente da casa, todos gritaram ao mesmo tempo: “É o papai!”.
- Ah, o que seria do governo se o povo pudesse falar pela boca do estômago!
- Já foi o tempo em que a união fazia a força. Hoje a União cobra os impostos e quem faz a força é você.
- A prova de que tudo subiu de preço é que até uma coroa já é cara.
- Uma camisa nova tem sempre um alfinete além daqueles que você já tirou.
- Opinião é uma coisa que a gente dá e, às vezes, apanha.
- Na praia é que a gente nota que esse negócio de vacina pega mesmo.
(Max-Nunes)
Parabens Poeta... Ó Wal !!!
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05 de JULHO de 2010
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