Quem é o homem? Essa é uma das questões mais intrigante que a humanidade já se colocou. Vários projetos antropológicos tentaram elucidar tal indagação, desde o período grego clássico até os dias atuais. A psicologia também não foge à regra, e tenta por meio de teorias decifrar esse enigma: "conhece-te a ti mesmo". Tais projetos antropológicos arriscaram dar uma resposta na tentativa de tirar o verniz da madeira. O homem é um ser desejante, um ser condicionado pelo meio interno e externo, motivado pelo prazer, pelo poder ou por por punições e recompensas. Mas quando me deparo com seres humanos andarilhos, como esse da foto que registrei hoje, retomo as questões existenciais postas por Viktor Frankl: O homem é um ser bio-psico-espiritual. A sociedade por não compreender além dos bens materiais atribui o seu nome como "o homem do saco", posto que essa é a única maneira de categorizar as pessoas: a partir de suas posses. No entanto, a sua essência permanece sempre um enigma: de onde veio e para onde vai? O que procura e o que perdeu? Qual sua história? Seu mundo interior permanece fechado mediante qualquer tentativa de abertura. Mas o que pulula em sua dimensão espiritual? Como permanece com tanta resistência nos tempos chuvosos e no calor das ruas da cidade? Pouco se penetra além dos olhos azuis que transparecem serenidade e paz interior. Seu andar lento e calmo parece questionar nossa forma de ser no mundo: para quê tanta pressa? suas mãos quando estendidas para pedir alguns trocados, desconcertam a sociedade de consumo: Como pode se viver com tão puco? Como pode dizer tanto, sem nunca termos escutado a sua voz? São as vozes dos andarilhos e mendigos da cidade que são abafadas pela correria do cotidiano selvagem de uma sociedade "espiritualmente intoxicada". Ó Wall!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário