Bom, o conto de hoje é o seguinte:
Quando o Dr. Crisanto Rosa, engenheiro moço e recém-casado, chegou à sede do serviço, encontrou o Pica-Pau na improvisada estação.
- Doutor, quero levar suas malas.
Dona Moema, a esposa, teve um movimento de recuo. O homem que assim falava era horrível. As mãos retorcidas e o rosto monstruoso no corpo, que gingava de estranho modo, davam notícia de pavorosas queimaduras. O Dr. Crisanto não gostou da recepção. Dispensou rudemente.
- Não preciso – explicou, sério.
O pobre homem, contudo, voltou à carga.
- Ora, doutor, deixe-me carregar! Já estou esperando o senhor há tantos dias.
Tanta humildade transpareceu da voz suplicante, que o engenheiro sorriu, vencido, entregando-lhe parte da bagagem. E Pica-Pau, suportando peso enorme, saiu carregando três grandes malas, na direção da graciosa casa de madeira que esperava o novo chefe. O Dr. Crisanto fora comissionado para dirigir o avanço da grande rodovia interestadual em construção, e deveria morar ali, em plena mata, entre as famílias de alguns trabalhadores. Não haveria, porém, dificuldade maior. A poucos quilômetros, vilarejo florescente e movimentado fornecia de tudo. O engenheiro e a esposa, encantados, ocuparam a residência pequenina que os aguardava, e Pica-Pau, sempre agitado e alegre, gingava daqui para acolá. Sem que o casal lhe pedisse, varreu as adjacências da casa, fez lume no fogão externo, conseguiu grande porção de lenha cortada e retirou larga quantidade de água do poço. Dona Moema, modificada pelo comportamento dele, ofertou-lhe alguns restos de refeição, que o servidor humilde comeu com vontade. (O Mensageiro). Ó Wall!!! Continua...
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quarta-feira, 25 de março de 2015
Pica-Pau - 1ª Parte
Postado por
Unknown
às
12:29
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