O Mensageiro. Continuando... A noite começa a descer, fria e rápida. Sentara-se Pica-Pau numa tora de madeira, ao pé da casa, com a cabeça apoiada nas mãos, quando o Dr. Crisanto e a esposa o chamaram à sala.
- Pica-Pau, sei que você tem esse nome, porque mo disseram quando cheguei... – começou o engenheiro.
- É sim, doutor. Meu trabalho é na lenha. Todos me chamam Pica-Pau...
- E onde é que você mora?
- Não tenho lugar certo.
- Onde dorme?
- Desde que a turma da estrada chegou, durmo nas máquinas.
O engenheiro fitou a esposa, expressivamente, e continuou: Conversei com Moema a seu respeito. Não lhe posso dar abrigo na casa, mas temos a coberta do despejo. Se você quiser dormir lá, temos colchão... Pica-Pau mostrou o sorriso de quem descobrira a felicidade.
- Quero sim – foi toda a resposta.
- Moema ficou satisfeita pelo modo com que você agiu hoje... Precisamos de alguém para serviço caseiro...
- Posso ajudar, sim senhor.
- E quanto recebe você por mês?
- Ora, doutor, não pense nisso – replicou alegre -, trabalharei para o senhor a troco de comida...
Marido e mulher entreolharam-se comovidos. E, desde então, Pica-Pau foi o serviçal amigo, instalado no telheiro. O Dr. Crisanto, por mais que indagasse, não colheu outra notícia senão aquela que toda a gente conhecia. Pica-Pau fora vítima de queimaduras em cidade distante e aparecera, por ali, como um tipo anônimo. O engenheiro, condoído, já que lhe receberia a cooperação, submeteu-o a exame de saúde por um dos médicos de serviço e o médico atestou-lhe absoluta sanidade física.
- Foi pena queimar-se tanto - disse o clínico bem-humorado -, podia ser um gigante no serviço.
Ó Wall!!! Continua....
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sexta-feira, 27 de março de 2015
Pica-Pau - 2ª Parte
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Unknown
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18:08
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