Por: Cirilo Veloso Moraes
A avareza não deve ser entendida apenas como um defeito ou uma falha humana a ser corrigida de modo compulsório, mas precisa, naturalmente, ser compreendida em sua origem mais profunda. A falta de generosidade e a insensibilidade em relação às necessidades dos outros têm raízes numa defesa psicológica que desencadeia nos indivíduos uma ruptura na conexão entre o seu conteúdo emocional e o seu conteúdo intelectual. A criatura sovina isola-se em si mesma. Nada tem importância para ela, a não ser a contenção interior, e não só em relação aos outros, como se pensa habitualmente. A mesquinhez pode manifestar-se ou não com a acumulação de posses materiais, como também pode aparecer como um “refreamento de sentimentos” ou um “auto-distanciamento do mundo”. Como a matriz interior se fundamenta numa necessidade reprimida da pessoa que não consegue se relacionar com outras, nem mesmo delas se aproximar para permuta de experiências e afetividade, ela se sente solitária e, assim, compensa-se, acumulando bens. Constrói torres e muralhas imensas para se proteger do empobrecimento que ela mesma vivencia, inconscientemente, há muito tempo – a escassez e a inibição da aproximação social e afetiva. Cria toda uma atmosfera de autonomia por possuir valiosos objetos exteriores destinados a suprir a sensação de vulnerabilidade que sente ao lidar com as pessoas. O Wall!!! Continua...
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05 de JULHO de 2010
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sexta-feira, 25 de novembro de 2016
Egoísmo: Uma palavra atual – 1ª Parte
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Unknown
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08:32
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