Genésio tinha uma casa ampla, arborizada e muito bela. Esta casa ficava ao lado da casa do Sr. Ramon, seu vizinho. Seu Ramon era um homem muito estourado, e costumava brigar com as pessoas por motivos considerados fúteis. Era relativamente comum vê-lo zangado e soltando farpas com as pessoas. Certo dia, Genésio deu um cachorrinho de presente pro seu filho. O menino soltou seu novo bichinho na rua para que conhecesse a vizinhança. No entanto, o cachorrinho dirigiu-se até a porta do Sr. Ramon e fez suas necessidades no tapete em frente a sua porta principal. O filho de Genésio vendo aquela cena, pegou rapidamente seu novo cachorrinho e correu para casa. Mas a empregada do Sr. Ramon viu tudo de longe, e prontamente foi fofocar tudo ao seu patrão. Senhor Ramon ficou furioso com aquilo. Esbravejando, bateu a porta de Genésio, que o atendeu com toda a fineza e educação. Ramon soltou altos brados e quase rugiu com Genésio, mas este permaneceu o tempo todo impassível diante daquele espetáculo de cólera. Ramon gritou, berrou, esperneou com Genésio, mas este não se exaltou, e ficou calado, apenas ouvindo Ramon.
Após uns 10 ou 15 minutos expressando sua ira, Genésio continuava calado, sem demonstrar qualquer irritação pelas agressões do vizinho. Ramon estranhou muito esse comportamento, pois jamais havia brigado com um homem que simplesmente não devolvia a fúria que a ele era dirigida. Ramon então se calou por um momento e perguntou:
- Poxa Genésio, devo admitir que estou impressionado com você. Estou aqui há 15 minutos brigando, gritando e te agredindo, e em momento nenhum você respondeu às minhas palavras. Como você consegue ser tão calmo?
Genésio olhou para o Sr. Ramon e respondeu:
- É simples Ramon… Eu sei que você não está brigando comigo. Na verdade, o senhor não está bravo comigo, e tampouco está em conflito com a minha pessoa. Desculpe dizer isso, mas o senhor está em conflito tão somente consigo mesmo, essa é a realidade. Se tem uma coisa que eu aprendi na vida é que poucas vezes as pessoas brigam por um motivo que tem relação direta com o outro. Na maioria das vezes as confusões têm origem em causas diversas: anteriores, pessoais, internas, e que não encontram base na pessoa a quem transformamos no objeto de nossa raiva. Aqueles que com frequência brigam com os outros, na verdade estão brigando consigo mesmos; o conflito não é externo, é interno. No momento em que o senhor não mais estiver em conflito com você mesmo, não terá mais motivos para expressar sua raiva com outras pessoas. E assim, poderá finalmente viver em paz.
Ó Wall!!!
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05 de JULHO de 2010
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sábado, 10 de agosto de 2013
A CAUSA DAS BRIGAS
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Unknown
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10:51
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