INAUGURAÇÃO DO BLOG

05 de JULHO de 2010

Visualizações

AUTOR DO BLOG

AUTOR  DO  BLOG
Estervalder Freire dos Santos - Ó Wall; sou blogueiro desde 2010. Terminei o Ensino Médio em 1988, não tenho Ensino Superior, Criei o Blog Só Pudia Ser Ó Wal com a ajuda dos amigos: Cristiane Sousa, Ibermon Macena, Jackson Douglas, Junior Cunha e Rodrigo Viany. Sou totalmente eclético só para expor minhas ideologias.... O blog possuí muitos textos, mas nada especifico, acredito que sejam um pouco de tudo e pouco do nada, mas também há outros. Divirta-se.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

O fim trágico do Presidente João Pessoa

Por: Francisco Florêncio
Completam-se hoje (26), 85 anos do assassinato em Recife, do Presidente do Estado da Paraiba, o Dr. João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. Esta é uma das mais significativas datas da história da república brasileira. Menos pela morte do ilustre paraibano, mais pelo que a partir dela disparou-se a dita Revolução de 1930. Rememoremos as circunstâncias do trágico evento e suas repercussões. O Presidente João Pessoa havia sido candidato à vice presidente na chapa presidencial do partido da Aliança Liberal, atraindo para si e para a Paraiba, todas os tipos de perseguições por parte do governo federal de então, que representava o status quo e contra o qual prometia a Aliança Liberal, como oposição, um novo modelo de política para o Brasil. Foi nesse contexto que aconteceu a chamada “Revolta de Princesa”. A Paraiba foi fortemente conturbada internamente por este movimento armado, e o governo, sem recursos, enfrentou sozinho a grave perturbação política e social provocada pela rebeldia comandada pelo Deputado Coronel José Pereira. Ódios e rancores foram os subprodutos dessa situação. Dentre eles, o adversário político João Dantas, bacharel paraibano, que foi envolvido em intrigas pessoais alimentadas pelas questões políticas e, num lance oportunista e irracional, assassinou a tiros, em Recife, o Presidente João Pessoa, quando este visitava àquela cidade, neste fatídico dia 26. O fato mudou a história do Brasil. A Aliança Liberal havia sido derrotada nas eleições de março de 1930. Seus líderes, entre eles Getúlio Vargas, conformados pela derrota, recolhiam-se às suas rotinas. A comoção do assassinato reacendeu a chama apagada dos conspiradores, que oportunisticamente souberam aproveitar o clamor público e criaram o mártir que lhes faltava para a retomada do furor revolucionário, que explodiu em 3 de outubro daquele ano. O corpo do Presidente foi levado de Recife embalsamado, e exposto aos paraibanos na sua capital, onde multidões agitadas clamavam por vingança. De lá, o corpo seguiu de navio até ao Rio de Janeiro, então capital federal, onde foi apresentado como o supremo mártir dos novos ideais republicanos e democráticos, e lá enterrado com as honras de herói nacional. Em Princesa, o coronel Zé Pereira, exaurido em recursos para manter a campanha militar, assustado com a repercussão do “martírio” do seu feroz opositor, aproveitou o ensejo e deu a luta por encerrada, alegando que “tinha perdido o gosto pela luta”, como dito por seus biógrafos. Hoje, quase todos os personagens dessa época estão mortos, e com eles, enterradas suas paixões, ambições, vaidades e afins. Só lhes restou entrarem na história. À nós de avaliarmos se valeu a pena. Ó Wall!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário