Gente, com a Fonte: Rodrigo Mendes D’angelis, psiquiatra e professor da FUMEC, a morte do ator Robin Williams reacende debate sobre a enfermidade, que atinge 30% da população e ainda é confundida com tristeza. Diagnóstico preciso, tratamento e suporte familiar ajudam a superar doença. Depois de tentar resolver problema sozinha, C. buscou ajuda e melhorou após tratamento: "Me tiraram do fundo do poço". Esvaziamento, angústia, tristeza, aperto no coração, sofrimento sem fim. Há quem perca o chão, a fé e até a vontade de viver. Comer, dormir, sair de casa, levantar da cama, nada faz sentido. Um quarto escuro pode ser o maior conforto. Quem sente ou sentiu na pele os sintomas de uma depressão entende bem os relatos. Aqueles que não passaram pelo problema apenas imaginam e alguns pensam se tratar de fraqueza ou frescura. A morte do ator Robin Williams, que tirou a própria vida possivelmente acometido por quadro depressivo, reacendeu as discussões sobre a enfermidade. Estima-se que a doença, cercada de estigmas e preconceitos, atinja cerca de 30% da população. De cada três pessoas, pelo menos uma teve, tem ou terá algum episódio depressivo durante a vida, segundo a Associação Mineira de Psiquiatria. Tratamentos incluem remédios e terapia. “O preconceito faz com que se interprete como se fosse frescura. Não é”, enfatiza o psiquiatra Maurício Leão, presidente da Associação Mineira de Psiquiatria. A enfermidade pode ocorrer em qualquer fase da vida, mas é mais diagnosticada entre adultos, mais comum em mulheres e tem base orgânica e biológica, sendo, às vezes, genética e hereditária. “Quando não tratada, emburrece, pois as pessoas tendem a ter o comprometimento das funções cognitivas e começam a se sentir, literalmente, burras, efeito que diminui o funcionamento das funções psíquicas superiores. Além disso, engorda, por causa do aumento de cortisol, hormônio ligado ao metabolismo, e mata”, afirma Leão. O médico destaca que a doença enfrenta três dificuldades: identificá-la, aceitá-la e lutar contra o preconceito. Comumente confundida com tristeza, o psiquiatra esclarece: “É diferente de tristeza. Depressão é doença, enquanto a outra é um estado psíquico, emocional, ligado à história de vida e a eventos desagradáveis na vida de uma pessoa”. Para identificá-la, é preciso estar atento aos sinais que se manifestam nas esferas psicológica, biológica, comportamental e afetiva. Ó Wall!!!
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05 de JULHO de 2010
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