Por: Reynollds Augusto
A Rainha do Vale amanheceu triste, ensimesmada com uma tragédia anunciada. Dois crimes que não tem explicação, mas que é explicável quando consideramos que existimos sem entender, o mínimo, o que seja a vida. Um homicídio seguido de um suicídio. Marido e ex-mulher. Fenômeno que acontece com frequência, mas que nos comove mais, quando se trata de pessoas queridas, próximas de nosso convívio. Acredito que uma tragédia dessas só aconteceu em Itaporanga nos anos sessenta, quando o meu Tio Luiz Augusto de Carvalho, em inusitado desequilíbrio emocional, matou a sua linda Mércia e logo em seguida suicidou-se. Talvez o suicídio seja uma forma de "dignar-se", se é que podemos usar esse termo, quando percebemos a bobagem que fizemos e que de fato, no fundo, não pretendíamos fazer e quando nos damos conta do absurdo, só nos resta à fuga do ato impensado. Pois tiramos do campo da experiência alma que estava aqui para cumprir papel pessoal, importante, para evolução própria, pontual, e saímos mais comprometidos com o que causamos, pois ninguém mata ninguém. Quando o ato acontece na família, o comprometimento é maior. Saímos do corpo mais afetado e o reajuste é coisa certa. Foi por isso que Jesus disse que precisamos estar monitorando os nossos pensamentos, pois nem sempre eles são nossos e sim nos são sugeridos. Então, meu amigo, pense no que você está pensando para não se deixar conduzir. “Orai e vigiai, para não cairdes em tentação” (Jesus). O grande Francês Alan Kardec, em “O Livro dos Espíritos” tratou do tema, quando perguntou aos imortais se os espíritos influenciam em nosso pensamento. E a resposta foi categórica: “Sim, e muitas vezes são eles que vos dirigem”. É claro que podemos ser influenciados, mas a ação é nossa. Quando somos evangelizados só temos sintonia com espíritos nobres e o bem será a matéria prima das nossas ações , quando não, a nossa mente é porta aberta para os enganos, para as depressões, para os medos, para as fugas, para o comprometimento, pois ninguém foge às leis naturais, ou ás leis de Deus. A religião tem um pouco de culpa nisso. A sua maioria é reduto de alienação, algazarras, fórmulas, distantes da proposta do Cristo, um revolucionário das ideias, que “desceu” ao planeta para trazer as luzes da razão e do sentimento á humanidade. Dividiu sua história entre antes e depois dele. Mas, ainda não entendemos a sua proposta de vida. Ficamos distraídos com o secundário, com os ritos, com as pompas, com as rezas, com os dogmas e perdemos o foco do essencial. Não aprendemos o que, de fato é a vida e somos alimentados por ilusões. A nós só nos resta vibrar e contar com Deus que é Pai. Às filhas e principalmente à mãe, que foi forçada a deixar o corpo, o nosso conselho é que exerçam o perdão para que não sigam doentes. Ao Pai, que cometeu dois tristes atos, força para o recomeço, que será difícil. Ninguém mata ninguém, mas consegue comprometer uma existência de aprendizado, nessa vida que não cessa nunca. A nossa irmãzinha IARA, filha do casal, disse no nosso grupo interno que, “arrancaram a sua alma”. Se lhe serve de consolo é bom que saiba que sua mãe continua viva, no plano na realidade. Precisa do nosso equilíbrio para atravessar esse momento. O seu PAI também e deve estar arrependido da besteira que fez e mais comprometido para o resgate. Só o tempo, que cura as feridas, matura as ideias, será a terapia para esse momento triste. Ó Wall!!!!
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05 de JULHO de 2010
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