INAUGURAÇÃO DO BLOG

05 de JULHO de 2010

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Estervalder Freire dos Santos - Ó Wall; sou blogueiro desde 2010. Terminei o Ensino Médio em 1988, não tenho Ensino Superior, Criei o Blog Só Pudia Ser Ó Wal com a ajuda dos amigos: Cristiane Sousa, Ibermon Macena, Jackson Douglas, Junior Cunha e Rodrigo Viany. Sou totalmente eclético só para expor minhas ideologias.... O blog possuí muitos textos, mas nada especifico, acredito que sejam um pouco de tudo e pouco do nada, mas também há outros. Divirta-se.

sábado, 17 de janeiro de 2015

A Questão do Desapego

Por: Cláudia Bandeira
Um assunto que tem me chamado a atenção ultimamente é a questão do desapego. Como somos apegados às coisas e às pessoas? Como sofremos quando perdemos um alguém querido? É como se parte de nós fosse junto com o outro alguém e provamos o gosto amargo que deixa a dor de uma separação... A verdade é que somos péssimos perdedores e por isso pagamos um preço alto, o fim da ilusão de posse! A posse é ilusão do ego. Certa vez, na nossa reunião de quarta-feira, educação dos Sentimentos, uma amiga me chamou numa conversa reservada e me falou da sua dor. Ela tinha perdido uma pessoa muito querida e aceitar esse fato estava lhe custando muito. Como espírita, falei-lhe o que deveria falar, o que havia aprendido com a religião, mas como pessoa frágil que sou, disse o quanto estamos despreparados ainda para as perdas. Não é fácil ver alguém que amamos se despedir assim, sem mais nem menos, sem um aceno de adeus, uma palavra, um depois... Desde que o mundo é mundo sabe-se que a morte existe, que ela faz parte da vida, mas não nos acostumamos ainda com o vazio deixado por alguém depois que se vai. O psiquiatra suíço Carl Jung já dizia que aceitar a vida é aceitar a morte, pois as duas coisas fazem parte da vida. Do berço ao túmulo, uma abre e a outra fecha o ciclo da existência terrestre. Mas, por que falar de morte ainda é tão difícil? Porque não estamos preparados para as perdas. Como seres gregários que somos, temos dificuldades em desapegarmos de algo ou de alguém, embora na vida sofrêssemos muitas perdas. A primeira é quando percebemos, ainda bebês, que não somos nossa mãe, que aquele ser maravilhoso que nos alimenta, nos acolhe, nos abriga, é um ser distinto de nós... sofremos perdas quando se vãos os primeiros dentes de leite, quando o bichinho de estimação morre, quando deixamos o aconchego do lar para irmos à escola, quando recebemos um “não” como resposta, quando o melhor amigo vai morar em outra cidade, quando não obtemos o êxito desejado naquela prova a qual nos desvelamos para tirar boa nota... e, claro, quando numa paixão sentimos a negação do bem querer, nos sentimos rejeitados... Que perda! Pior do que isso, acreditam muitos, só o prejuízo da morte. Em algumas dessas situações nos sentimos imensamente tristes, em outras, frustrados. A vida nos traz muitas situações de perdas e nem sempre sabemos aceitar o que nos foi tirado. Essa atitude causa, muitas vezes, terrível sentimento de revolta e então sofremos duas vezes: a perda e a revolta. O grande filósofo Univérsico, Huberto Rohdem, nos diz em seu livro “Por que Sofremos”” que há entre os sofredores três classes: Os revoltados, os resignados e os regenerados. “Os revoltados assumem atitude negativa em face do sofrimento, que, por isto, os leva à frustração. Os resignados toleram em silêncio o inevitável, ficam numa estagnação neutra, já os regenerados assumem uma atitude positiva em face do sofrimento servindo-se dele para sua maturação espiritual.” A verdade é que a aceitação de perdas vai depender muito da nossa evolução espiritual, quando finalmente entendermos que no universo nada se perde, tudo se transforma, como já nos dizia um velho axioma, entenderemos que nosso sofrimento é passageiro. Não estou sugerindo que não deva haver sofrimento, dor, choro e até puxão de cabelo, nada disso, esses sentimentos são próprios do ser humano e não evoluiríamos sem esses “traumas”, esse choque de realidade é que nos impulsiona para frente, nos torna mais forte para certas circunstâncias que certamente aparecerão na nossa vida. O ideal seria que estivéssemos sempre preparados para os imprevistos, já que o nosso mundo exterior está repleto de causas inevitáveis, de atitudes inevitáveis e de perdas inevitáveis, a maneira que passamos a enxergar essas inevitabilidades é que faz a grande diferença. Ó Wall!!

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