Por: Le Figaro Santé. Continuando...
Há, porém uma atração que todos os bebês do mundo compartilham: o sabor doce. Como demonstrou o biólogo israelense Jacob Steiner há mais de quarenta anos, um recém-nascido asiático, africano ou europeu que ainda não tenha ingerido nada em sua vida responde sempre por uma expressão facial de prazer quando nós o fazemos provar um líquido doce. É inato. Seu rosto relaxa, ele lambe os lábios. Ou ele começa a mamar vigorosamente e proporcionalmente à taxa de açúcar. Em sentido inverso, o gosto amargo provoca inevitavelmente caretas ou choros. Com base nesta constatação, os pediatras adotaram o costume de administrar água com açúcar para os bebês antes de efetuar um procedimento médico doloroso. A observação dos choros e da frequência cardíaca confirma que a água com açúcar proporciona-lhes um prazer que atenua a dor de uma vacina.
Costume ou vício? - Será que esta busca do prazer explica a preferência por doce? Foi demonstrado que a ingestão do açúcar ativa o circuito cerebral da recompensa. Muitos cientistas acreditam que o gosto tem uma função adaptativa: ele permite ao indivíduo e, portanto, para toda a espécie, a preferência por alimentos que garantam sua sobrevivência. O açúcar (e a gordura) indicam alimentos bem mais ricos em calorias que os legumes, enquanto sabores amargos podem, por sua vez, denunciar substâncias não consumíveis ou tóxicas. Os indivíduos que tiveram o paladar desenvolvido o suficiente para diferenciar os sabores e o «bom gosto» a preferir o açúcar teriam vivido por mais tempo e transmitido essa capacidade para sua descendência. Resta que com a idade, o efeito analgésico e o desejo por açúcar se atenuam. Eles tendem a desaparecer aos 3 meses, a menos que a taxa de açúcar na água seja dobrada. Depois dos 6 meses de idade, o doce não é necessariamente mais atraente que o salgado. Ó Wall! Continua...
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05 de JULHO de 2010
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