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05 de JULHO de 2010
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
A responsabilidade do mal
Se uma fortuna foi mal adquirida, os seus herdeiros serão responsáveis?
- Sem dúvida, eles não são responsáveis pelo mal que outros tenham feito e serão tanto menos quanto o possam ignorar; mas fica sabendo que muitas vezes uma fortuna não cabe a um homem senão para lhes dar a ocasião de reparar uma injustiça. Feliz será ele se o compreender! E, se o fizer em nome daquele que cometeu a injustiça, a reparação será levada a conta de ambos, porque quase sempre é este último que o provoca. (“O Livro dos Espíritos”, questão nº809). Não há evidentemente, quem responda pelo mal que não tenha
feito, todavia, de igual modo, não há quem totalmente se isente de responsabilidade no mal que ainda vige entre os homens na Terra. Somos o que fazemos de nós, tanto quanto são os outros o que os compelimos a ser... Influenciamos e somos constantemente
influenciados em nossas ações. Muitos espíritos, em herdando grandes riquezas renascem para repararem, na solidariedade, o egoísmo que eles mesmos fomentaram em seus antepassados. Têm nas mãos o resultado de sua ambição do pretérito, com o propósito de darem início a um processo de reajuste espiritual, envolvendo aqueles que foram
prejudicados pela sua invigilância e insensatez, estejam ainda no corpo ou fora dele. A questão, porém, é que, em contato direto com a tentação dos bens materiais, o espírito costuma reincidir nas mesmas faltas, aumentando o drama de consciência daqueles que, do Mundo Espiritual, acompanham, quase sempre, sem nada poderem fazer, o fracasso moral de seus herdeiros... A fortuna mal-adquirida pode gerar conseqüências desastrosas para determinado grupo de espíritos, por muitas gerações, induzindo-os a constantes quedas. Por este motivo, certas famílias abastadas recebem em seu meio espíritos que terminarão por leválas à dissolução, como se estes ansiassem por espalharem o que acumularam indevidamente – a fortuna que, por séculos, enredam os incautas em suas poderosas teias, obstaculizando-lhes o progresso. Constitui-se para os desencarnados, em terrível prova a situação em que observam os que discutem sobre os seus espólios no mundo,
sentindo-se extremamente frustrados, na tentativa de induzi-los agora ao desprendimento... Aflitos, na condição de espíritos livres, temem o regresso ao corpo nas mesmas circunstâncias. Por maior a tentação do prazer que o dinheiro fácil lhes enseja, sabem que estarão expostos aos mesmos equívocos e, não raro, em alguns casos,
agravando-se-lhes ainda mais a situação. Enganam-se, pois, quantos imaginam no mundo que, para o espírito, a reencarnação numa família abastada, do ponto de vista
espiritual seja um privilégio – ante a perspectiva da queda eminente, é uma punição. Por este motivo, conforme dissemos, os espíritos esbanjadores, que fazem ruir grandes impérios econômicos, funcionam como libertadores. Evidentemente, responderão pela sua
incúria de sentimentos, mas não há negar a importância da tarefa que cumprem às avessas. Segundo os espíritos superiores, remontando ás suas origens, quase toda fortuna foi mal-adquirida, portanto não há quem acumule sem privar os outros da parte que lhes cabe... Desta maneira, a riqueza é sempre uma oportunidade para os que dela usufruem, de reparação do mal que fizeram ou possibilitaram que fosse feito.
Em tudo, aprendamos a ver a infinita Sabedoria de Criador, que corrige a criatura através de suas próprias ações, permitindo-lhe que o mal, seu instrumento de queda, em determinado momento, se lhe transforme em motivação para o bem em sua definitiva
ascensão para Deus! Ó Wal!!!
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