Continuando com a Fonte: Super Interessante.
"O sistema mata!" - Mesmo sendo resultado de uma escolha individual, o suicídio também é visto como uma questão social. O pioneiro no estudo desse campo foi o sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917), com o clássico O Suicídio, de 1897. “Existem vários estudos comprovando a influência da cultura, do ambiente e da religião sobre as taxas de suicídio, seja como facilitadores, seja como limitantes”, afirma José Manoel Bertolote. Ele e a equipe do Departamento de Saúde Mental e Toxicomanias da OMS publicaram recentemente um estudo, numa revista científica norueguesa, mostrando que as taxas de suicídio mais baixas encontram-se em países islâmicos, seguidos de países hinduístas, cristãos (mais baixas em católicos que em protestantes) e budistas, nessa ordem. As taxas mais altas vêm de países “ateus”, que compunham o antigo bloco comunista: Lituânia, Letônia, Estônia, Rússia, Cuba e China. A religião aparece, portanto, como um mecanismo de “proteção” contra o comportamento suicida (todas as crenças religiosas condenam, em maior ou menor grau, o suicídio). Combinada a outras influências, a religião pode ser também fator de estímulo para os “suicídios altruístas ou heróicos”, na definição de Durkheim. Cada membro do grupo está disposto a sacrificar a sua vida em prol das crenças. “Os casos mais recentes são os dos homens-bomba entre os palestinos e dos suicidas de 11 de setembro, relacionados a situações políticas muito específicas e à crença religiosa islâmica”, afirma Maria Cecília de Souza Minayo, doutora em Saúde Pública e professora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Ó Wall!!!
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segunda-feira, 28 de setembro de 2015
O que leva uma pessoa a cometer suicídio? - 11ª Parte
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Unknown
às
14:29
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