Duvidas no depoimento do acusado: - Uma delas é a divergência entre o depoimento inicial dado pelos pais e a gravidade das lesões. Segundo policiais, no atendimento feito na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Vinhedo, antes do garotinho ser transferido para Campinas, a família alegou que o filho tinha, no dia anterior, caído do escorregador no parquinho do prédio onde morava. A policia de forma ativa foi fazer as investigações sobre o depoimento do suspeito e alegou: "Durante as diligências, fomos até o playground e vimos que o chão do escorregador tem muita areia, então é bastante improvável que essa queda possa ter provocado as lesões. Além disso, pelo estado do garoto, seria muito difícil que aguentaria um dia inteiro com os ferimentos", disse o investigador Sérgio.
Histórico: - Segundo a Polícia Civil, alguns familiares confessaram que o lutador já tinha histórico de agressões contra a criança, que ocorriam principalmente durante os banhos. O menino já teria apresentado hematomas, inclusive no olho. Yago passou mal e apresentou os ferimentos, quando estava em casa apenas com o pai. A mãe tinha ido à casa de parentes e quando chegou viu o filho na cama, enrolado a uma toalha, em convulsão. Tiago teria alegado à companheira que deu banho no garoto, que depois começou a passar mal. A investigação começou, durante velório da criança, depois que a polícia recebeu uma denúncia anônima questionando as circunstâncias da morte da criança. De acordo com a Polícia Civil, Tiago tem passagem criminal e já foi preso por tráfico de drogas. A mãe da criança foi ouvida pela polícia e teria ficado chocada com a possibilidade do companheiro ter agredido o filho.
O lutador tem mais um filho com sequelas por agressão: - Mãe de filho mais velho do lutador diz que ele já agrediu a criança. Ao saber que o lutador tem outros filho, a Policia Civil convocou a ex-namorada do lutador, Nara de Melo, que prestou depoimento e denunciou que Tiago agrediu o filho mais velho que tem com ela. Segundo a mãe, a criança, que hoje tem 6 anos e vive na capital paulista, ficou com sequelas por causa do trauma sofrido após uma surra, em 2011. “Ele é um psicopata”, desabafou. “Quando eu soube do que aconteceu, chorei, caí de joelhos e agradeci imensamente pela vida do meu filho. Eu fiquei muito triste pela tragédia, e por outro lado agradeci por Deus ter afastado ele de mim e do meu filho”, relata Nara de Melo.
Histórico de agressão: - A mulher, que tem 32 anos, teve um relacionamento de um ano com Tiago e afirma que o rapaz sempre se mostrou gentil, educado e atencioso, porém nunca teve muitos amigos. O jovem, de classe média alta, teria batido no filho, quando o menino tinha pouco mais de 2 anos, em 2011. Pelo boletim de ocorrência, a mãe permitiu que ele passasse o dia com a criança na companhia do avô e da madrasta. Após almoçarem juntos, no entanto, ele foi até o apartamento com a justificativa de escovar os dentes do bebê enquanto a família dele o esperava na portaria. “Ele voltou chorando e depois, enquanto ele dormia no meu colo, eu achei os arranhões na cabeça e marcas roxas no pescoço. Cerca de um mês depois, eu notei que meu filho, que era uma criança normal, estava fechado, isolado”, conta Nara. De acordo com ela, desde então, o garoto passou a ter problemas na fala, no desenvolvimento e relacionamento social. “Ele faz tratamento com psicólogo, neurologista, neuropsiquiatra, por causa dessas sequelas. Ele não chama o Tiago de pai, tem medo dele. Ele é um mostro”, conta.
Boletim contra o lutador: - A denúncia feita por Nara e pela mãe dela contra Tiago foi registrada no dia 20 de janeiro de 2011 no 1º Distrito Policial da capital, na Sé, para apuração do crime de lesão corporal. A equipe da Polícia Civil na delegacia informou, no entanto, que este tipo de crime precisa que a vítima entre com uma representação em um prazo de seis meses para dar andamento no processo. Isso não ocorreu no caso da suposta agressão segundo a Polícia Civil.
Ó Wall!!!
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