INAUGURAÇÃO DO BLOG

05 de JULHO de 2010

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Estervalder Freire dos Santos - Ó Wall; sou blogueiro desde 2010. Terminei o Ensino Médio em 1988, não tenho Ensino Superior, Criei o Blog Só Pudia Ser Ó Wal com a ajuda dos amigos: Cristiane Sousa, Ibermon Macena, Jackson Douglas, Junior Cunha e Rodrigo Viany. Sou totalmente eclético só para expor minhas ideologias.... O blog possuí muitos textos, mas nada especifico, acredito que sejam um pouco de tudo e pouco do nada, mas também há outros. Divirta-se.

sábado, 9 de agosto de 2014

Jesus negro causa ira

Bom, segundo o site BBC Brasil, estreou nos Estados Unidos o seriado humorístico americano "Black Jesus" (Jesus Negro) que, mesmo antes de ir ao ar, já havia despertado a ira de grupos cristãos e de conservadores. A série do canal de TV a cabo Adult Swim tem como protagonista um sorridente Jesus Cristo negro que bebe, fuma maconha e fala palavrões ao passear de túnica branca pelas ruas de Compton, um bairro pobre de maioria negra em Los Angeles. No primeiro episódio, que foi ao ar na quinta-feira, o personagem transforma água mineral em conhaque e tenta transformar um terreno baldio em um jardim comunitário – onde pretende plantar legumes e verduras e maconha. Os produtores tinham lançado apenas um trailer de dois minutos antes do episódio de quinta-feira, mas já foi suficiente para que a série fosse taxada de blasfema e que grupos lançassem campanhas para não deixá-la ir ao ar. O idealizador da série, Aaron McGruder, é autor do polêmico "The Boondocks", quadrinhos que foram transformados em um seriado de animação que aborda temas complexos como o racismo e a luta de classes nos Estados Unidos. A sátira é contada da perspectiva de irmãos negros que vivem na casa do avô em um bairro de maioria branca em Chicago.
Interpretação possível - De acordo com o Adult Swim, uma programação para adultos que só vai ao ar à noite no canal Cartoon Network, "Black Jesus" representa um "filho de Deus em sua missão para difundir o amor e a bondade pelo bairro de Compton, ajudado por seu pequeno e fiel grupo de seguidores oprimidos". Em uma nota, o canal disse à BBC que a série é uma sátira e uma interpretação possível da mensagem de Jesus, contextualizada por contos morais do dia a dia. Além disso, afirmam que "embora alguns possam considerá-la uma representação polêmica de Jesus, não é nossa intenção ofender qualquer raça ou grupo religioso". A explicação do Adult Swim parece não ter convencido organizadores de campanhas para que a série não vá ao ar, como a Um Milhão de Mães, parte da conservadora Associação Americana da Família (AFA, na sigla em inglês). Para o grupo, o trailer é "desagradável" porque mostra Jesus Cristo "bebendo e fumando erva", falando palavrões e "utilizando o nome de Deus em vão diversas vezes". "Há violência, tiroteios, drogas e outros gestos impróprios que distorcem a figura de Jesus completamente. Isto é blasfêmia!", afirmam os responsáveis de Um Milhão de Mães, que também destacam que o Adult Swim não "se atreveria a ridicularizar Maomé ou os muçulmanos". A organização de mães não está só em sua batalha contra "Jesus Negro". O Christian Broadcasting Network, por exemplo, lançou um abaixo-assinado contra o seriado. Eles dizem que são contra a série não porque Jesus Cristo é representado por um ator negro, mas sim pelas qualidades que os produtores lhe dão e pelo ambiente em que a trama se desenrola.
Estereótipos raciais - O programa também irritou congregações de maioria afro-americana, como a Igreja Cristã da Esperança em Beltsville, no Estado de Maryland, cujo bispo, Harry Jackson, pediu um boicote por acreditar que o seriado "reforça estereótipos raciais negativos em um tempo em que se tenta minar o respeito da sociedade aos cristãos e suas crenças bíblicas".
Já a Nação Messiânica Africana, uma organização que se opõe à representação eurocêntrica de Jesus, também rechaçou a série, argumentando que ela ataca o conceito de um "Messias negro" pelo qual vêm lutando há anos. "A representação que Jesus Negro faz de Jesus Cristo é uma desgraça para todos que na última década dedicaram as suas vidas à promoção de uma imagem de um Messias negro", afirmou à BBC Mundo Paul Scott, fundador da organização. A polêmica era esperada pelo professor Edward Blum, da Universidade Estatal de San Diego, na Califórnia e autor do livro A Cor de Cristo, no qual analisa diferentes representações de Jesus Cristo ao largo da história. "Nos Estados Unidos, qualquer questão racial se transforma em polêmica. O mesmo acontece com questões religiosas. Ou seja, se misturarem raça e religião no mesmo assunto, a polêmica é ainda maior", disse à BBC Mundo. Por outro lado, Blum considera fascinante que "conservadores e negros estejam unidos nas críticas à série, mesmo que o façam por diferentes motivos".
Ó Wall!!

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