INAUGURAÇÃO DO BLOG

05 de JULHO de 2010

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Estervalder Freire dos Santos - Ó Wall; sou blogueiro desde 2010. Terminei o Ensino Médio em 1988, não tenho Ensino Superior, Criei o Blog Só Pudia Ser Ó Wal com a ajuda dos amigos: Cristiane Sousa, Ibermon Macena, Jackson Douglas, Junior Cunha e Rodrigo Viany. Sou totalmente eclético só para expor minhas ideologias.... O blog possuí muitos textos, mas nada especifico, acredito que sejam um pouco de tudo e pouco do nada, mas também há outros. Divirta-se.

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

A CHAVE DOS SONHOS – 3ª Parte

Por: Christophe Doré - Le Figaro. Continuando....
A ausência de atividade do córtex pré-frontal, sede do pensamento consciente, justifica o caráter muitas vezes ilógico das imagens do sonho. Quanto à proliferação de imagens oníricas confusas, tal fato pode ser explicado pela classificação das informações no cérebro. Este último não tira uma «foto» de um objeto, mas armazena em locais diferentes, sua forma, sua cor, seu tamanho e textura, bem como a dos objetos que lhe dizem respeito. «Se uma das fichas for inacessível em um sonho, um objeto estranho será criado, como por exemplo, um cão com pêlo dourado ou uma cadeira de porcelana », explica Jacques Ninio. O objeto também pode substituir uma palavra quando o cérebro, em pleno sono paradoxal tiver dificuldades para encontrar as chaves da linguagem. O pintor surrealista Magritte provou ter uma boa intuição com A ¬Traição das imagens. Esta tela representa um cachimbo sob o qual ele escreveu «Isto não é um cachimbo ». Nos sonhos, é frequentemente necessário procurar o que simboliza a imagem do objeto além do próprio objeto. O neurobiólogo Michel Jouvet conta um sonho logo após o falecimento de seu irmão, no qual ele vê uma mão com dedos cortados em uma pia. Ele contou o sonho para sua mãe. Ela contou-lhe então que aos dois anos de idade, apenas começando a falar, Michel Jouvet chamava seu irmão mais velho «Mão». As obras dos psicanalistas estão repletas deste tipo de anedotas que atualmente, alguns cientistas explicam por esta hipótese de representação, na ausência de uma chave de linguagem. Um pianista que é adicionado a uma cena cheia de tumulto pode ser interpretado como uma vontade de desacelerar (tocar piano, para ir devagar). Isto faz o etno-psiquiatra Tobie ¬Nathan dizer que «não há sonhos típicos », e que «um sonho é equivalente à pessoa na sua singularidade ». Em outras palavras, somente Michel Jouvet poderia evocar seu irmão pela imagem desta mão com dedos cortados. Quanto ao aborígene que não sabe o significado da palavra piano, há poucas chances que ele faça aparecer um pianista em uma cena muito tumultuada ao seu gosto. O Wall!!! Continua...

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