Por: ROBERTO ALMEIDA - jornalista. Continuando...
“No começo ninguém me entendia. Hoje já me entendem. Mas dizem que sou hermética, por isso não posso ser popular”, revelou a escritora na citada entrevista à televisão. Clarice Lispector disse que desde criança gostava de escrever “fábulas” e na adolescência produziu muita coisa, mas, segundo ela, de forma caótica. A mãe da escritora, que morreu quando ela ainda era criança, escrevia contos e poesias, mas Clarice só veio a saber disso em 1977 (em dezembro desse ano a escritora morreu de um câncer), através de uma tia. Isso também foi revelado na TV Cultura. Sua irmã mais velha, Elisa, também foi romancista e outra irmã, Tânia, escrevia livros técnicos. A autora não revelava suas influências literárias nem os escritores contemporâneos de que gostava, mas na famosa entrevista que inspirou esta matéria chegou a citar o nome de Dostoiévski e confessou ter lido O Lobo da Estepe, de Herman Hesse, com 13 anos. “Tive um choque”, frisou. Com relação à dificuldade que algumas pessoas tinham (muitos ainda têm) em compreender seus livros, Clarice considerou que sua obra devia ser avaliada mais pelo sentimento de que pela inteligência. “É uma questão de sentir”, enfatizou, dizendo que um professor de Literatura Brasileira do Rio de Janeiro leu quatro vezes “A Paixão Segundo G.H.” e não conseguiu entender nada, enquanto uma menina de 17 anos amava tanto o mesmo o romance que o tinha transformado no seu livro de cabeceira. Das revelações da consagrada escritora, a brasileira mais lida no exterior depois de Machado de Assis, à frente de Jorge Amado e Guimarães Rosa, a mais espantosa foi a de que não se assumia como profissional. O Wall!!! Continua...
INAUGURAÇÃO DO BLOG
05 de JULHO de 2010
Páginas
Visualizações
AUTOR DO BLOG
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário